Orçamento do Estado para 2007 corta investimento em 10 a 20% - TVI

Orçamento do Estado para 2007 corta investimento em 10 a 20%

Orçamento

O ministro das Finanças está esta quarta-feira a receber os partidos com assento parlamentar, numa audição prévia à entrega da proposta de Orçamento do Estado, que decorre na próxima segunda-feira. Os dois partidos já recebidos mostram-se preocupados.

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O aumento das despesas para os portugueses, que vão ver os seus orçamentos familiares mais apertados e a forte queda do investimento público são algumas das principais preocupações.

Francisco Louça, do Bloco de Esquerda (BE), sublinha que o Governo «não disse muito». O partido apontou a redução do investimento público como um problema, ao considerar que «o nível de 2007 será comparável com o deste ano e será de menos 10 a 20%».

Além disso, Francisco Louça mostrou-se também bastante preocupado com o aumento dos custos na Saúde. «Vai tirar-se mais às pessoas e reduzir-se o poder de compra dos portugueses».

Também o Partido Ecológoco Os Verdes (PEV) acredita que o Governo vai proceder a «um grande desinvestimento público e uma grande quebra no PIDDAC», no Orçamento do Estado para 2007.

A deputada do partido, Heloísa Apolónia, alega que o Governo «quis mais ouvir do que propriamente falar».

Desta forma, Os Verdes apresentaram ao ministro «três grandes preocupações: a dependência energética do exterior, as assimetrias regionais e o corte na despesa».

Para o partido, continuam a existir obstáculos à aposta nas energias alternativas, nomeadamente em impostos como o IRS e o IVA. «Devia haver uma inversão sobre esta matéria, uma vez que também o preço do petróleo afecta muito o Orçamento em Portugal», disse.

As assimetrias regionais são também um problema acentuado, por exemplo, «com a nova Lei das Finanças Locais e com o PIDDAC. É extremamente preocupante e compromete o desenvolvimento do País».

Por último, Os Verdes estão preocupados com o «corte na despesa e forma como o Governo se recusa a centrar novas reorientações feitas no País. A quebra do investimento público, como a desvalorização real dos salários, vai permitir ao Estado arrecadar mais algum dinheiro e às famílias portuguesas empobrecerem os seus orçamentos familiares, nomeadamente com o agravamento das despesas de saúde».
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