Presidente do BCP reage a críticas lembrando que banca é o sector mais competitivo - TVI

Presidente do BCP reage a críticas lembrando que banca é o sector mais competitivo

BCP - Milennium

Paulo Teixeira Pinto, presidente do BCP, reconheceu que «o sector da banca tem sido muito falado pública e politicamente nos últimos tempos» e que essa não é uma «situação desejável».

Relacionados
As declarações do responsável surgem em resposta às críticas feitas ontem pelo Presidente da República ao sector bancário. Jorge Sampaio criticou a banca por não assumir «o risco de financiar Inovação e Desenvolvimento (I&D), preferindo o crédito ao consumo», chegando mesmo a acusar o marketing do sector como «um embuste».

Em resposta, o presidente do BCP, apesar de escusar-se a comentar directamente as criticas de Sampaio, relembrou que «a banca é o sector mais competitivo da economia portuguesa», e reforçou que o maior banco privado do país «está constantemente disposto a disponibilizar apoio ao investimento», disse em conversa com os jornalistas num almoço debate da Câmara de Comércio e Indústria Luso-francesa.

Paulo Teixeira Pinto recordou que ainda «recentemente o banco teve uma campanha do programa Aplauso, destinada a incentivar a capacidade de iniciativa dos empresários, aliás essa é a actividade normal, permanente e diária do nosso banco».

O presidente do Millenium BCP frisou que «os bancos concedem empréstimos quando consideram que o podem fazer sem risco, já que um dos critérios para gestão de desempenho de um banco é a forma de gestão de risco». Isto porque Sampaio considera que a economia não tem saída «pela via do consumo directo» e que é necessária «disponibilidade do sistema financeiro para avançar nas novas economias» e não o «lucro do automovelzinho».

Na sequência da divulgação do BCE ter afirmado que o sistema financeiro está a perder rentabilidade, mas a ganhar solidez, o presidente do banco reconhece que essa solidez pode ser afectada pelas alterações no sistema político, ao justificar que «hoje em dia a generalidade dos analistas e investidores consideram que o risco que os bancos sofrem não é operacional, de mercado ou de crédito, mas um risco macroeconómico». Nesse sentido, «o contexto macroeconómico em que os operam os bancos e todo o sistema financeiro vai reflectir-se na performance individual de cada um».
Continue a ler esta notícia

Relacionados