Rendimento disponível dos portugueses aumenta mas pouco - TVI

Rendimento disponível dos portugueses aumenta mas pouco

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O governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio, garante que, em 2006, haverá um aumento do rendimento disponível real, que é como quem diz, do poder de compra, em Portugal, mas admite que será baixo e menor do que no passado.

Em conferência de imprensa para apresentar o Boletim Económico de Inverno, o mesmo responsável ressalva que esta subida do poder de compra se deve, em parte, aos aumentos salariais esperados, mas também e sobretudo ao aumento das transferências do Estado, sobretudo para a Segurança Social, que tem registado crescimentos de 8 ou 9% ao ano, tendência a manter.

Esta subida do rendimento disponível dá-se também apesar do aumento dos impostos indirectos (que resulta do fim de alguns benefícios fiscais, da criação do novo escalão de IRS para rendimentos elevados e o aumento da tributação de pensões), do seu efeito na inflação e apesar ainda do congelamento das progressões automáticas nas carreiras da função pública.

Assim, e segundo o Boletim, o rendimento disponível real deverá crescer 0,3% em 2006, e depois mais 1,3% em 2007.

Já a taxa de poupança registará, em consequência, uma redução, ainda que temporária, em 2006, para 9%, face aos 9,9% estimados em 2005. Em 2007 espera-se uma ligeira recuperação, para 9,3%.

Tudo isto, a par do pessimismo, que permanece aliado às fracas expectativas para a evolução do emprego, deverá mitigar o consumo privado.
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