«Como indicámos no passado estamos empenhados nas regiões onde temos vantagens naturais», disse. Desta forma, «a Vivo será um foco de investimento para nós» assim como os países de língua oficial portuguesa. Numa análise por sector, «a nossa administração não mudou a política», esclareceu.
Desta forma, a PT pretende «investir nos mercados que fazem sentido para nós, que nos permitam obter sinergias», acrescentou.
Num comentário aos resultados da brasileira Vivo, o CFO referiu que «o mercado vai continuar competitivo. A nova equipa da Vivo tem grande experiência e tem a melhor ideia do que serão os nossos investimentos. As margens vão continuar ao nível de 2005».
«Acho que o nosso negócio de Angola pagará mais dividendos no futuro e cremos que tem capacidade para ser expandido», disse Zeinal Bava. O CFO adiantou ainda que se deve olhar para o continente como um pocket of value (bolso de valor) onde, «apesar de os resultados não serem significantes», poderão sê-lo «num curto espaço de tempo».
Ainda em relação a África, o CFO disse que, no caso de Marrocos, «espero que as condições locais permitam à empresa refrescar a dívida porque o negócio está a correr bem».
Sobre a Eircom, empresa irlandesa de comunicações que foi conotada como um dos alvos de compra da PT, o administrador da empresa portuguesa garantiu que «não estamos a olhar para a Eircom como alvo de aquisição».
Quando confrontado com a possibilidade de a empresa portuguesa ser um alvo de compra, Zeinal Bava respondeu que a obrigação da PT é «entregar a melhor performance» ao mercado. «Esse é que é o nosso objectivo», concluiu.
Resultados da PT no Brasil vão continuar sobre pressão em 2006
- Bruno Pocinho
- 2 nov 2005, 17:43
A PT pretende continuar a investir nos países com que Portugal tem maiores «afinidades», nomeadamente, em África e no Brasil, segundo disse o administrador financeiro da empresa, Zeinal Bava, em conference call com os analistas. O mesmo não escondeu, no entanto, a pressão a que a Vivo vai continuar sujeita.
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