Ronda de Doha faz derradeira tentativa de acordo

A reunião, que pode ditar o sucesso ou o fracasso das negociações, terá lugar em Genebra e contará com mais de 60 ministros, prolongando-se até 2 de Julho. Em causa está a tentativa de alargar a liberalização das trocas comerciais a nível mundial, e uma falha de acordo pode significar o fim das negociações, que duram há cinco anos.

«Chegou o momento da verdade: as decisões não podem mais ser adiadas. Se o fizerem, colocarão em risco todo o projecto», alerta o director-geral da OMC, Pascal Lamy. O prazo termina no final deste ano e a inexistência de um acordo inviabiliza todo o processo.

Um entendimento beneficiaria sobretudo os países mais pobres, que dependem da agricultura. Este é, precisamente, o tema que está no centro da discórdia: os países pobres e em desenvolvimento pedem cortes nos apoios dados pela União Europeia e pelos EUA aos seus agricultores, mas nenhuma das duas potências está disposta a abdicar disso sem receber qualquer outra benesse em troca.