Seca ameaça agravar preço da carne, fruta e legumes - TVI

Seca ameaça agravar preço da carne, fruta e legumes

Água racionada no Algarve

A percentagem de água armazenada nas albufeiras a norte do Tejo era de 56% em Julho, face aos 74% em igual data do ano passado. A continuação do tempo quente e seco, acompanhado de vento, tem afectado negativamente a actividade agrícola, e ameaça fazer subir o preço da carne, leite e derivados, bem como dos produtos hortícolas.

Relacionados
É que, dado o baixo nível de água no solo, que apresentava níveis bastante inferiores aos normais (entre 0% e 27% da capacidade de água utilizável pelas plantas), a alimentação animal, e à medida que se vão esgotando as palhas e restolhos dos cereais, é feita com recurso crescente às rações industriais e aos alimentos forrageiros em stock.

O Instituto Nacional de Estatísticas (INE) refere ainda que dar de beber ao gado em pleno campo é cada vez mais difícil, aumentando as situações de abastecimento externo, nomeadamente através de autotanques e reboques-cisterna.

Uma situação que aumenta as despesas dos produtores de carne, leite e derivados, e que pode fazer disparar a conta que os portugueses pagam, todos os meses, no talho ou no supermercado.

A falta de água está a provocar, também nalguns pomares, a queda prematura dos frutos antevendo-se por isso produções de menor calibre. A situação já está, em algumas explorações, a privilegiar a orientação da rega para a manutenção da planta, em detrimento do fruto, o que pode também ter impacto sobre os preços.

As previsões agrícolas, em 31 de Julho, confirmam a actual campanha cerealífera como a pior das últimas décadas.
Continue a ler esta notícia

Relacionados