Subidas dos juros podem levar a «overdose» em 2007 - TVI

Subidas dos juros podem levar a «overdose» em 2007

taxas do euro

Os bancos centrais americano e europeu poderão vir a ministrar uma «overdose» em 2007, com consequências diversas nos vários segmentos dos mercados de capitais, prevê a corretora Golden Broker (GB), nas suas previsões para este ano.

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O comportamento dos mercados em 2007, vai depender em grande parte da política monetária conduzida pelos principais bancos centrais, designadamente da Reserva Federal Americana (FED), refere a corretora na sua análise.

A GB recorda que desde há alguns meses, o FED acredita numa desaceleração suave do crescimento económico, classificando a inflação como o principal risco para a economia americana.

«Mesmo depois de ter parado o ciclo de subida de taxas (de 1% em 2004 até aos actuais 5,25%), o FED manteve tudo em aberto quanto a subidas de taxas adicionais, enquanto que o BCE, que iniciou o ciclo de subidas mais tarde (em Dezembro de 2005), tem mais margem de manobra para subidas de adicionais (actualmente a taxa de referência está nos 3,5% versus 2% no início do ciclo)», explica o analista Alexandre Mota.

Este responsável lembra contudo que a visão macroeconómica do BCE se baseia, por um lado, na colagem ao cenário central do FED e, por outro lado, na possível imunidade da Europa relativamente a uma crise americana.

Dólar sob pressão vendedora, mas pode subir no curto prazo

A aproximação dos yields do dólar e do euro torna a divisa americana menos atractiva. A realocação de reservas por parte dos vários bancos centrais em desfavor do dólar também poderá penalizar a divisa americana. Por sua vez, o acerto da política monetária da FED poderá salvar o dólar duma queda acentuada. O cenário mais provável aponta para uma valorização do euro face ao dólar entre 2,5% e 7,5% até final de 2007. «Contudo, no primeiro trimestre de 2007 é natural que assistamos a uma ligeira recuperação do dólar face ao euro».

Taxas de juro atingem pico de alta

A corretora diz ainda que, embora 2006 tenha representado o pico das taxas de juro nos EUA não «será impossível uma última subida de 5,25% para 5,50%». «Quanto à zona euro, parece-nos que haverá uma única subida adicional de 25 pontos base (3,5% para 3,75% », conclui ainda.
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