A reunião foi palco de um braço de ferro entre grupos de accionistas que têm como ponto de referência os dois principais dirigentes do banco, Jardim Gonçalves e Teixeira Pinto, e que pôs a nu uma divisão profunda no BCP. Tal facto obrigou o fundador a retirar os pontos da agenda de trabalhos mais polémicos, evitando uma pesada «derrota», avança o «Público».
Nas vésperas da assembleia, o presidente executivo do BCP (CEO), Teixeira Pinto, jogou forte ao decidir comunicar a Jardim Gonçalves a sua intenção de se afastar, se o projecto de revisão das regras societárias fosse viabilizado na íntegra pelos accionistas.
Em causa estavam, sobretudo, os aumentos da blindagem dos estatutos de 66% para 75%, e dos poderes do Conselho Geral e de Supervisão, liderado por Jardim Gonçalves. A intervenção do CEO levou o grupo ligado ao engenheiro, e que tem como porta-estandarte Ricardo Bayão Horta, vice-presidente do CGS, a equacionar pedir a destituição de Teixeira Pinto, solução que acabou por cair por ser exequível.
Jardim optou por apresentar na AG os pontos polémicos, mas, às 22h00, decidiu retirá-los, quando percebeu que cerca de 48% do capital presente estava disponível para os chumbar. Isto, depois de os investidores terem rejeitado uma sugestão de Luís Champalimaud, adepto de Jardim, de adiar para outra ocasião (daí a dois meses) o debate das questões contestadas.
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Teixeira Pinto ameaçou demitir-se
- Redação
- 30 mai 2007, 09:13
![Paulo Teixeira Pinto, Foto Lusa](https://img.iol.pt/image/id/5695146/1024.jpg)
Durante o fim-de-semana, o presidente executivo do Banco Comercial Português (BCP), Paulo Teixeira Pinto, ameaçou demitir-se do cargo, caso o reforço da blindagem dos estatutos do banco e dos poderes de Jorge Jardim Gonçalves viessem a ser aprovados na assembleia geral (AG) de segunda-feira.
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