UGT admite discutir aumento de impostos com Governo - TVI

UGT admite discutir aumento de impostos com Governo

Manuel Pinho, ministro da Economia e da Inovação

O secretário-geral da UGT, João Proença, admitiu discutir um aumento de impostos com o Governo caso se confirme o cenário mais pessimista sobre as contas públicas, que aponta para um défice de 7%.

«À partida temos uma posição negativa (sobre o eventual aumento de impostos), mas se a situação orçamental for alarmante, temos de discutir as medidas possíveis», admitiu João Proença, citado pela Lusa.

«Esperemos é que o governo não enverede pela via autoritária do posso, quero e mando, e decida tomar medidas sem dialogar com os parceiros sociais e com os outros partidos políticos, no quadro da Assembleia da República», acrescentou o dirigente da UGT.

João Proença falava à Lusa à margem do seminário promovido pela UGT para debater o desenvolvimento regional e o emprego, a concertação social e a formação profissional, que decorre hoje em Setúbal.

«O combate ao défice orçamental tem de ser feito através de um aumento de receitas provenientes do crescimento económico», defendeu João Proença, advertindo que «o aumento impostos poderá ter consequências negativas no crescimento económico do país».

«É fundamental que as preocupações e que os compromissos eleitorais do Partido Socialista e do governo se mantenham, nomeadamente que a prioridade seja dada ao crescimento económico e ao emprego», disse o dirigente da UGT.

Além de eventuais problemas de gestão, João Proença considerou que a actual situação económica do país «demonstra que é errado apostar no combate ao défice reduzindo despesas, que põe em causa o crescimento económico e facilita o aumento do desemprego».
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