UGT quer aumentos salariais de 3,5% em 2006 - TVI

UGT quer aumentos salariais de 3,5% em 2006

Greve

A União Geral dos Trabalhadores (UGT), uma das maiores centrais sindicais do País, reivindica aumentos salariais médios de 3,5% para 2006.

No seu caderno reivindicativo, a UGT «elege a melhoria dos salários reais portugueses como uma das principais prioridades para 2006» e adianta uma proposta de aumento salarial de 3,5%, com variações entre 3% e 4,5%, conforme a situação económica e financeira dos sectores e empresas.

Nos anos mais recentes, refere a central sindical, «os salários portugueses têm apresentado um crescimento muito baixo não tendo o seu crescimento real acompanhado os ganhos de produtividade. Tal significa que teria sido possível um maior aumento salarial sem induzir impactos negativos na competitividade nacional». Contas feitas, garante que «os salários portugueses não estão a convergir com os salários comunitários o que deve ser objectivo fundamental da política económica e social».

Assim, defende que, para 2006, o aumento salarial deve ter em conta a taxa de inflação esperada, os ganhos de produtividade e ainda ter em consideração a situação económico-social das empresas e sectores, garantindo sempre um crescimento real dos salários.

No que se refere ao salário mínimo nacional (SMN), propõe um aumento de 20 euros, ou seja de 5,3%, dos actuais 374,7 euros para os 394,7 euros.

Nas pensões mínimas, a UGT propõe uma actualização no regime geral de 15 euros, ou 6,9%, passando dos actuais 216,79 euros para os 231,79 euros. No regisme especial, a pensão mínima deveria aumentar 15 euros (ou 7,5%) de 199,37 euros para 214,37 euros. Já a pensão social, o aumento de 15 euros corresponde a uma variação de 9,1% e atira o valor actual, de 164,88 euros, para os 179,88 euros.

As pensões de valor inferior ao SMN (carreiras iguais ou superiores a 15 anos), deverão aumentar também, pelo menos, 5.3%. Já as pensões superiores ao SMN deveriam subir 3,5%.

Entre as exigências estão ainda que o abono para crianças com mais de 12 meses deve corresponder a 40% do valor estabelecido para crianças até 12 meses em todos os escalões de rendimento, assegurando assim uma maior justiça social, com um aumento mínimo de 4%.

Recorde-se que também a CGTP exigiu já um aumento do salário mínimo nacional para os 400 euros, e que o Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE) e o Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos querem um aumento de 3,5%.
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