A Frente Sindical da Administração Pública (FESAP) não chegou a acordo com o governo nas negociações salariais dos funcionários públicos para 2009 e defende, tal como as outras duas estruturas sindicais, a realização de uma manifestação geral para demonstrar descontentamento.
Segundo a agência «Lusa», o secretário-coordenador da FESAP, que falava esta terça-feira aos jornalistas à saída da reunião com o governo, defendeu que, se não for possível «inverter a actual situação», os funcionários públicos devem mostrar o seu descontamento com a política do governo, «actuando em unanimidade com todas as estruturas sindicais».
Na última ronda de negociações, que ainda se prolonga para a tarde com o Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE), o Governo manteve a sua posição de aumentos salariais de 2,9 por cento para 2009, uma subida que os sindicatos não aceitam por considerarem que não compensa a perda do poder de compra dos últimos anos.
«Não vamos desistir», salientou o secretário-coordenador da FESAP, Nobre dos Santos, avançando que vai pedir negociação suplementar, um instrumento previsto na lei.
Perda de poder de compra «inaceitável»
«Não há condições para haver acordo entre a FESAP e o Governo» pois o executivo «insiste» na proposta inicial, nos salários e nas pensões, incluindo a manutenção dos descontos para a ADSE sobre 14 meses para os novos inscritos, a partir de 2009, e para os pensionistas que já o fazem, referiu Nobre dos Santos.
«O Governo está a prejudicar os trabalhadores, nomeadamente os pensionistas e os que estão em situação difícil», acrescentou.
Para a FESAP, não é possível aceitar os níveis praticados nos salários do funcionários públicos que «perderam mais de 10% de poder de compra» nos últimos anos.
Falta de acordo com Governo leva FESAP a defender manifestação
- Redação
- RPV
- 25 nov 2008, 16:11
Executivo mantém aumentos salariais de 2,9%
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