Rede consular no país deve ser adaptada - TVI

Rede consular no país deve ser adaptada

  • Portugal Diário
  • 14 jan 2007, 16:57

Defende o Açto Comissário para a Imigração e Minorias

O Alto Comissário para a Imigração e Minorias Étnicas defendeu, em Fátima, uma adequação da rede consular portuguesa face à nova realidade migratória, que faz de Portugal um país de acolhimento, escreve a Lusa.

Segundo Rui Marques, «a rede de consulados foi desenhada em função das nossas comunidades emigrantes», não estando «adequada às necessidades das comunidades de imigrantes».

Falando no VII Encontro de Animadores Sócio-Pastorais das Migrações, que assinalou o 93º Dia Mundial do Migrante e Refugiado, o Alto Comissão para a Imigração e Minorias Étnicas defendeu, neste contexto, que seria conveniente para Portugal e para os imigrantes que procuram o nosso país, a existência de consulados nos países de onde são oriundos.

Esta ideia foi adoptada pelos promotores do encontro, que nas conclusões inscreveram a necessidade de «estender a rede dos Consulados a todos os países de origem dos imigrantes, favorecendo a transparência e o combate à corrupção e unificando procedimentos burocráticos».

Na sua intervenção, Rui Marques sublinhou, por outro lado, que Portugal «tem uma visão positiva da imigração», pelo que o reagrupamento familiar deve ser uma prioridade das políticas para o sector.

«O reagrupamento familiar é fundamental, tem vantagens para o imigrante, tornando a sua integração mais facial, aumentando o seu bem-estar e sendo vantajoso para a coesão social», disse aquele responsável, acrescentando que Portugal tem interesse «em imigração de longo prazo, estável».

Organizado pela Obra Católica Portuguesa de Migrações, Caritas e Agência Ecclesia, o encontro, subordinado ao tema «Ser Família em Terra Estrangeira», sublinhou que «75 por cento dos actuais fluxos migratórios acontecem, não por via laboral, mas antes pelo aumento do recurso ao canal legal do reagrupamento familiar».

Por outro lado, os participantes nos trabalhos, defenderam a conveniência de «promover "contratos de acolhimento" das comunidades migrantes na sociedade, porque os imigrantes não são braços de trabalho, mas pessoas com afectos, com projectos de vida individual e familiar».

Outra nota de destaque dos trabalhos foi a defesa do bilinguismo na educação, que as estruturas da Igreja consideram, também, um desafio para a própria catequese, «numa atenção activa à segunda geração das comunidades imigrantes».

Entretanto, e aproveitando a Presidência Portuguesa da União Europeia, no segundo semestre do ano, foi anunciada a realização na zona de Lisboa, entre 20 e 22 de Setembro, do V Fórum das Migrações da Caritas Europa, subordinado ao tema «Construir pontes ou barreiras».
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