Iraque: 157 mortos em ataques - TVI

Iraque: 157 mortos em ataques

Violência no Iraque - Foto Lusa

O governo iraquiano impôs esta quita-feira um recolher obrigatório de duração indeterminada e proibindo todo o trânsito em Bagdad desde as 20:00 (18:00 de Lisboa), após os atentados que fizeram pelo menos 157 mortos no bairro de Sadr City.

Relacionados
No ataque mais mortífero desde o início da guerra do Iraque, suspeitos militantes sunitas utilizaram hoje três automóveis armadilhados e dois projécteis de morteiro contra o bairro xiita da capital, matando pelo menos 157 pessoas e ferindo 257, segundo a polícia, citada pela agência «Lusa».

Os xiitas responderam quase de imediato, disparando 10 projécteis de morteiro contra a mesquita sunita de Abu Hanifa, em Azamiya, matando uma pessoa e ferindo 14, num ataque contra o templo sunita mais sagrado de Bagdad.

Oito projécteis de morteiro atingiram também a Associação de Ulemas, a principal organização sunita do país, sem causarem vítimas, referiram as autoridades.

A partir das 15:10, três automóveis armadilhados foram feitos explodir em Sadr City, uns a seguir aos outros, com intervalos de 15 minutos, atingindo o mercado de Jamila, o mercado de al-Hay e o Praça Al-Shaidein. Na mesma altura, dois projécteis de morteiro atingiam esta praça e a praça de Mudhaffar, disse a polícia.

Um porta-voz do Ministério do Interior disse à televisão iraquiana que, além dos veículos que explodiram, um automóvel foi capturado e três continuavam a ser procurados.

O bairro de Sadr City é um reduto do Exército do Mahdi, milícias leais ao líder xiita radical Moqtada al-Sadr.

Pouco após o ataque, milícias do Exército do Mahdi desdobraram- se pela área, instalando postos de controlo e blocos rodoviários para impedir o acesso a estranhos.

Entretanto, responsáveis governamentais realizaram uma reunião de emergência na casa do líder xiita Abdul-Qziz al-Hakim, a que assistiram também o Presidente curdo Jalal Talabani, o vice-presidente sunita Tariq al-Hashimi e o embaixador dos Estados Unidos, Zalmay Khalilzad, disse um auxiliar de al-Hakim.

Depois disso, os três responsáveis iraquianos surgiram na televisão, com Al-Hashimi a ler um comunicado conjunto apelando para a calma e a contenção e pedindo aos políticos que trabalhem para reduzir as tensões inter-religiosas.

«Apelamos para uma revisão dos planos de segurança do governo para Bagdad para melhor proteger os civis inocentes», declarou.
Continue a ler esta notícia

Relacionados