BPN: BE e PCP exigem audição de intervenientes - TVI

BPN: BE e PCP exigem audição de intervenientes

BE pede a demissão de Dias Loureiro

Em reacção à entrevista a Dias Loureiro

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O Bloco de Esquerda (BE) reagiu sexta-feira à noite à entrevista do antigo ministro da Administração Interna, Manuel Dias Loureiro, concedida à «RTP», exigindo a audição de «todos os intervenientes com responsabilidades» no caso BPN, para que sejam defendidos os interesses dos contribuintes, diz a agência «Lusa». Também o PCP defende a mesma ideia.

Em declarações à mesma, o deputado do BE Luís Fazenda, afirmou que o partido volta a «exigir à maioria socialista que venham a ser ouvidos todos os intervenientes no caso BPN».

«Fazia todo o sentido a audição de Dias Loureiro e de outros intervenientes no caso BPN, não para defender a honra de ninguém mas para apurar responsabilidades, uma vez que, com a nacionalização do banco, se trata do dinheiro dos contribuintes», disse.

«Ficaram imensas coisas por esclarecer. [Dias Loureiro] tentou de modo algo patético dizer que não se apercebeu de nada quando esteve no mundo BPN», afirmou Luís Fazenda.

Por seu lado, o líder parlamentar do PCP afirmou, sexta-feira à noite, que as declarações de Dias Loureiro «deixam muitas dúvidas no ar», como a alegado pedido de fiscalização do BPN feito ao Banco de Portugal, «do qual não se conhece qualquer feedback».

«A entrevista deixa muitas dúvidas no ar. Há uma série de declarações que exigiriam mais esclarecimentos, como a do pedido que [Dias Loureiro]terá feito ao Banco de Portugal para fiscalizar as actividades do BPN e de que não sabemos qual foi depois o feedback», disse Bernardino Soares, citado pela «Lusa».

O líder parlamentar do PCP defendeu uma audição do caso BPN no Parlamento para que seja possível «ouvir as explicações de Dias Loureiro e de outros protagonistas».

De referir que o antigo governante, que foi administrador da Sociedade Lusa de Negócios entre Dezembro de 2001 e Setembro de 2002, falou sexta-feira à noite, sobre a sua participação nos negócios do grupo, em entrevista à «RTP», após lhe ter sido negada pela maioria socialista a sua intenção de prestar esclarecimentos no Parlamento.
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