Dos contactos que manteve em Washington o governador do Banco de Portugal sai com duas ideias: a hipótese de recessão na economia norte-americana parece afastada mas os riscos sobre a economia europeia e, logo, sobre a portuguesa agravaram-se.
Constâncio mostra-se preocupado com a evolução de alguns indicadores conhecidos nos últimos dias, quando já estava na capital norte-americana: o dólar continuou a cair, o petróleo a subir e as bolsas estiveram no vermelho durante dois dias, assinalando os vinte anos da segunda-feira negra em 1987.
O governador continua a achar que a previsão de crescimento de 1,8% avançada pelo FMI para o crescimento português é pessimista, mas diz também que os 2,2% do Governo só são admissíveis dentro de um «intervalo grande de previsão».
Constâncio diz que não via tanta incerteza na economia desde os ataques às torres gémeas e ao rebentamento da bolha das dot.com e para tentar a avaliar o futuro mais próximo concentrar-se-á em dois indicadores: o grau de normalização dos mercados de crédito e a evolução da economia norte-americana.
«Os últimos dados voltam a agravar os riscos sobre a economia»
- Redação
- 22 out 2007, 09:05
Vítor Constâncio, em entrevista ao «Jornal de Negócios» passa em revista os principais temas que marcaram a reunião anual do FMI.
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