Pensões privadas atraem cada vez mais portugueses

Mesmo assim, o sector espera um crescimento nos montantes geridos, que em 2003 ascendiam já a mais de 16 mil milhões de euros.

Nem o Governo nem as sociedades gestoras ousam avançar com previsões mais ou menos seguras sobre o grau de adesão dos contribuintes aos planos de poupança reforma (PPR), prevista no anunciado sistema complementar de pensões. O ministro Bagão Félix limitou-se a dizer que se se registasse no primeiro ano uma taxa de adesão de 10% dos contribuintes que o podem fazer, «isso já seria um valor bastante razoável», dando a entender que a adesão efectiva deverá ficar abaixo desse patamar.

Da parte das sociedades gestoras e da autoridade de supervisão, o Instituto de Seguros de Portugal, a prudência é ainda maior. «Tudo vai depender do comportamento das pessoas e da sua vontade de fazer uma troca de riscos», afirmou ao DN o director do departamento de desenvolvimento do ISP. »Existem riscos tanto no sector público como no privado, são é diferentes», considera Gabriel Bernardino.

A rentabilidade média dos fundos portugueses na última década foi de 3,5% acima da inflação. Em Junho, a rentabilidade média anualizada voltou aos 7%, depois de três anos maus.