Menos crianças perdidas na praia - TVI

Menos crianças perdidas na praia

  • Portugal Diário
  • 10 ago 2007, 17:30

Apenas um sexto do número registado em 2007. Pais estão mais vigilantes

As autoridades marítimas portuguesas registaram até agora 10 casos de crianças perdidas nas praias, um sexto do número registado no Verão passado, uma redução que o Instituto de Socorros a Náufragos atribui a uma vigilância acrescida dos pais.

60 em 2006

Em declarações à agência Lusa, o director de formação e porta-voz do Instituto de Socorros a Náufragos, tenente Leitão, explicou que durante a época balnear de 2006 perderam-se cerca de 60 crianças nas praias portuguesas.

Destes 60 casos, adiantou o tenente Leitão, um terço foram comunicados à Polícia Marítima e os restantes foram referidos pelos concessionários das praias.

10 até Julho de 2007

Este ano, nos primeiros dois meses da época balnear, as autoridades apenas tiveram conhecimento de 10 casos, através dos concessionários das praias, muito menos do número registado em igual período do ano passado.

Este ano, os pais têm uma postura diferente

«Parece-nos que este ano os pais, de uma forma geral, têm tido uma postura diferente», referiu.

Segundo o tenente Leitão, o Instituto de Socorros a Náufragos tem vindo a desenvolver várias campanhas de sensibilização para que as famílias tenham cuidados redobrados com as crianças nas suas deslocações à praia para evitar que estas se percam.

Cuidados, truques e dicas

«É fundamental ter uma vigilância permanente relativamente às crianças. Um desviar de olhar pode representar um desaparecimento», disse.

Uma das regras é instalar-se perto de pontos de referência da praia (uma torre de vigia, por exemplo) e de forma lúdica explicar à criança que no caso de se perder eles estão próximos daquele local.

Panamá em vez boné. Porquê?

Outra das regras básicas, explicou, é a escolha do chapéu para proteger a cabeça da criança, que segundo o Instituto de Socorros a Náufragos deve ser um panamá em vez de um boné (chapéu com pala).

Isto porque, quando uma criança se perde na praia, tende a caminhar sempre com o sol pelas costas porque tem maior campo de visão, mas o uso de um boné protege-lhe os olhos e permite-lhe seguir em várias direcções, o que dificultará as buscas, explicou o tenente Leitão.

«É por esta razão que aconselhamos sempre o uso de panamás», disse.

Uma criança perdida, adiantou, tem também tendência para andar no meio das toalhas numa tentativa de encontrar os pais e nunca ir para a água porque não lhe dá tanta segurança.

Por isso, frisou, é aconselhável que um dos pais fique na toalha enquanto o outro tenta encontrá-la.

Por outro lado, o instituto aconselha também os pais a darem imediatamente o alerta ao nadador salvador antes mesmo de iniciarem as buscas por sua conta e risco, uma vez que este profissional tem formação para lidar com estas situações e meios de contactar outros postos de vigilância.

Muitas vezes as crianças caminham ao longo de quilómetros. Em 2001, contou, foi encontrada uma criança a 11 quilómetros dos pais.
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