Crise só faz cortes supérfluos no consumo - TVI

Crise só faz cortes supérfluos no consumo

Fast food

Portugueses evitam ir a restaurantes e optam por viajar em «low cost»

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O aperto financeiro dos portugueses tem como a maior vítima os bens supérfluos. A crise chegou, mas de mansinho. Evitar ir a restaurantes ou optar por viajar nas «low cost» é mais uma questão de sensatez económica do que de falência das famílias, cita o jornal «Público».

Há quem acredite que, uma vez experimentada a crise, facilmente vestimos a «pele de cidadão poupado» e deixamos de gastar dinheiro com bens que não são bons investimentos. A verdade é que, apesar de os números apontarem apenas para a diminuição de despesas extraordinárias, como a utilização diária do carro, os portugueses estão, de facto, a cortar.

Onde consumimos menos?

A verdade é que as vendas de automóveis desceram 8,4%, em Novembro, face a igual período do ano passado. Nas viagens, as previsões também apontam para uma quebra de 6% nas reservas no primeiro semestre de 2009. Além disso, os portugueses estão a cortar também no combustível. Só o abastecimento de gasolina sem chumbo 98 caiu 44% e o de gasóleo desceu 7%.

Mais. Metade dos portugueses vão gastar menos dinheiro com prendas e alimentação este Natal. O orçamento individual vai ser de 567 euros, o que significa uma redução de 4,8% face a 2007.

E onde gastamos mais?

No entanto, acabamos por gastar mais em transportes públicos e fast food. A verdade é que em Outubro a Carris registou o melhor resultado de sempre (22 milhões de passageiros) e o metro de Lisboa assistiu a um acréscimo de 2,43% no número de viagens.

Também na restauração, apesar da quebra generalizada, os portugueses preferem escolher a comida rápida, que deverá crescer 9,2% em 2008.

As vendas de companhias de baixo custo (low cost) também cresceram e o duplo emprego aumentou.
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