Consulados: PS acusa Marques Mendes de «populismo»

O PS acusou hoje o líder do PSD, Marques Mendes, de «populismo, demagogia e insensibilidade» nas declarações que proferiu em Paris sobre a reestruturação consular levada a cabo pelo governo, noticia a agência Lusa.

«As posições assumidas pelo líder do PSD a propósito da reforma consular revelam populismo, demagogia e insensibilidade em relação à necessidade de uma racionalização das estruturas consulares», afirma o PS, em comunicado.

Na passada sexta-feira, Marques Mendes afirmou que a reforma consular do governo mostra o «menosprezo» pelas comunidades portuguesas.

No documento assinado pelo director do Departamento Internacional e de Comunidades, Paulo Pisco, o PS diz que «o PSD não tem autoridade moral para falar em menosprezo pelas comunidades».

«Além de ser falso e poder ser comprovado pelas inúmeras iniciativas do actual governo em matéria de apoio social, modernização dos serviços e do ensino, nunca durante os governos do seu partido houve qualquer acção digna de referência em favor dos portugueses a viver fora do país e, muito menos, qualquer reforma que os beneficiasse», lê-se no comunicado.

Os socialistas justificam ainda a reestruturação consular com a necessidade de «poderem ser dadas novas e melhores respostas aos problemas das comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo».

Para o PS, Marques Mendes «assumiu uma postura populista, conservadora e distorcida, que recusa a necessidade do Estado adequar os serviços às reais necessidades e expectativas dos seus cidadãos em virtude das transformações das sociedades e das próprias comunidades».

«Além disso, Marques Mendes omite injustamente as orientações estratégicas que presidem à reforma consular anunciada pelo Governo, no sentido de tornar as estruturas mais eficientes e articuladas», lê-se ainda.

Promover as presenças consulares, envolver o movimento associativo e reforçar a presença económica e cultural portuguesas são outros dos objectivos da reestruturação consular.