O PSD renovou sexta-feira as críticas à decisão do Governo de avançar com a construção do novo aeroporto da Ota, classificando a privatização da ANA como «mais uma negociata» do executivo para «dourar a pílula».
«Estamos frontalmente contra todo o processo de construção do novo aeroporto», disse o deputado do PSD Luís Rodrigues, em declarações à Lusa.
Considerando que «a maioria dos portugueses continua sem entender a insistência do Governo na construção do novo aeroporto», Luís Rodrigues reiterou que se trata de um projecto «megalómano», que se irá realizar em detrimento de outros mais importantes.
«Não é um investimento estratégico», sublinhou o deputado social-democrata.
Relativamente ao modelo proposto pelo Governo que alia a privatização da ANA - Aeroportos de Portugal à construção do novo aeroporto, Luís Rodrigues classificou a privatização da ANA como «mais uma negociata do Governo PS, que apenas serve para dourar a pílula».
«Portugal está a ser vendido aos bocadinhos, sem que os cidadãos se apercebam», ironizou o deputado do PSD.
O ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações anunciou sexta-feira que o Governo vai abrir o concurso público internacional para a privatização da ANA-Aeroportos de Portugal e para a concessão do novo aeroporto até ao final do ano.
Esse modelo prevê que o investimento público fique limitado a 600 milhões de euros, sendo que 170 milhões de euros já estão garantidos através do Fundo de Coesão.
O projecto do novo aeroporto, orçamentado em 3,5 mil milhões de euros, deve estar concluído até 2017.
O ministro esclareceu ainda que o capital a privatizar da ANA é de uma posição de controlo, ou seja, pelo menos 50 por cento mais uma acção.
Na quinta-feira, o Governo aprovou o modelo de transacção do novo Aerop orto de Lisboa, na Ota, determinando que a privatização da ANA e todo o processo de contratos para a concretização desta infra-estrutura se faça numa operação única.
«Portugal está a ser vendido aos bocadinhos»
- Portugal Diário
- 27 jan 2007, 12:53
PSD diz que privatização da ANA é «mais uma negociata»
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