Plantar cem árvores por concelho para lembrar a República - TVI

Plantar cem árvores por concelho para lembrar a República

Grupo Brodheim planta 20 mil árvores (Lux)

Iniciativa da Quercus pretende plantar floresta autóctone

A comemoração do centenário da República foi aproveitada pela Quercus para promover a floresta original portuguesa através da plantação de «pequenos bosques» de 100 árvores de espécies autóctones em cada concelho do país.

O projecto «Bosques do Centenário» tem a participação de várias entidades, mas vai depender da adesão dos 308 municípios que são chamados a «aproveitar» as plantas ou sementes disponibilizadas e escolher as espécies e locais onde vão plantar as árvores no dia 23 de Novembro, Dia da Floresta Autóctone.

O protocolo de colaboração para o projecto, que é assinado esta segunda-feira, envolve a Comissão Nacional para as Comemorações do Centenário da República, a Quercus - Associação Nacional de Conservação da Natureza, a Associação Nacional de Municípios Portugueses e a Autoridade Florestal Nacional (AFN), contando ainda com a participação do movimento Limpar Portugal.

«No Dia da Floresta Autóctone pretendemos plantar não uma árvore, mas 100 árvores, uma por cada ano do centenário da República, em cada um dos concelhos do país, e levar a toda a gente esta ideia, esta causa de plantar floresta autóctone», disse e à agência Lusa Paulo Magalhães, da Quercus.

O ambientalista salientou que a floresta originária de cada região tem «muitas vantagens» relativamente à floresta não autóctone.

«A floresta que tínhamos em Portugal antes dos Descobrimentos e do aparecimento dos caminhos-de-ferro, que foram as grandes machadadas na floresta autóctone portuguesa, (...) é a mais adaptada às circunstâncias climatéricas do nosso país, é muito mais resistente aos incêndios, garante uma mais durável absorção de CO2 [dióxido de carbono] e é também suporte da nossa biodiversidade», explicou Paulo Magalhães.

E se conseguiram manter-se «manchas muito importantes» de sobreiro, devido à produção de cortiça, o mesmo não sucedeu com outras espécies autóctones, como carvalhos ou azinheiras, das quais só existem «pequenas relíquias de bosques».

Para a iniciativa «Bosques do Centenário», a Quercus e a AFN fornecem as árvores, mas também podem ser utilizadas sementes e há um livro disponível na Internet com conselhos acerca da forma de construir viveiros ou realizar sementeiras.
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