«Timor já não necessita de medidas de excepção» - TVI

«Timor já não necessita de medidas de excepção»

  • Portugal Diário
  • 24 ago 2007, 15:05

Disse Ramos-Horta em Jacarta, onde se deslocou para discutir situação política e social do país

O presidente timorense, José Ramos-Horta, disse hoje no Parlamento que Timor-Leste «precisa mais de uma força policial do que uma força de paz», devido à disponibilidade da Austrália em manter-se no país até Dezembro, noticia a agência Lusa.

Ramos-Horta esteve hoje no Parlamento depois de se ter deslocado quarta -feira a Jacarta para participar num fórum da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN).



Em Jacarta, Ramos-Horta encontrou-se com o presidente indonésio, Susilo Bambang Yudhoyono, e com o ministro dos Negócios Estrangeiros Nur Hassan Wirajuda, a quem fez «um ponto da situação política e social» em Timor-Leste, segundo comunicado do seu gabinete.

Na sessão parlamentar, que demorou pouco mais 90 minutos, o chefe do Governo de Timor-Leste recordou que as próximas eleições devem «ser organizadas por um órgão independente que assuma também a fiscalização do acto eleitoral».

Ramos-Horta garantiu ainda aos deputados que entre o Governo e a Presidência da República «existe uma grande coordenação» e que o Conselho de Estado entendeu que não seria necessário prorrogar as medidas de excepção de segurança que tinham sido aplicadas em Maio.

O presidente timorense aproveitou também para explicar aos deputados o processo de reactivação da Polícia Nacional e os objectivos da comissão de avaliação daquela força, já aprovada em Conselho de Ministros.

Aos deputados, Ramos-Horta garantiu ainda que o Governo está «preocupado» com a situação dos deslocados, aos quais «irá continuar a prestar assistência humanitária», ao mesmo tempo que fará o «possível para que estes regressem às suas casas antes do tempo da chuva», entre o final do ano e o início de 2007.

«O Governo irá implementar um plano de construção de habitações para os mais necessitados», disse, salientando que entre as causas da crise no país também estiveram os problemas sociais e económicos de Timor-Leste.
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