"As pessoas estão cansadas": cobertura vacinal contra a covid-19 diminuiu 10% este inverno - TVI

"As pessoas estão cansadas": cobertura vacinal contra a covid-19 diminuiu 10% este inverno

Vacina contra a covid-19

Rita Sá Machado deu conta, na CNN Summit dedicada à saúde e ao ambiente, de uma descida da adesão à vacinação contra a covid-19, que diz ser "significativa"

A adesão à vacinação contra a covid-19 foi menor este inverno, tendo diminuído cerca de 10% em comparação com os anos anteriores. Quem o diz é Rita Sá Machado, a diretora-geral da saúde, que considera que as pessoas estão “cansadas”.

“Esta época notamos uma diminuição da cobertura vacinal da covid-19 na ordem dos 10%. Significa que as pessoas estão cansadas, o que na nossa gíria chamamos de 'fadiga de intervenção'”, reconheceu a diretora-geral da saúde. Na CNN Summit desta quinta-feira, que teve lugar no Centro Cultural de Belém, a responsável disse que a diminuição é “significativa”.

Quanto a uma maior adesão à vacina contra a gripe, Rita Sá Machado admite, no entanto, que também “não é bem assim”. A diretora-geral da saúde explica que os focos de gripe A, que levaram a uma grande pressão nas urgências, com um elevado número de mortes, tinham por base “um vírus que não era mais forte”.

“O que causou esta situação foi a população vir de três anos de pandemia, em que estivemos mais resguardados. Mostra que as pessoas confiaram e bem nas autoridades de saúde, que vocacionaram como mensagem para estarem mais resguardados nos próximos convívios, na utilização de máscara e sobretudo na vacinação”, relembrou, mencionando a “bastante elevada” cobertura vacinal tanto para a covid-19 como para a gripe durante esses anos.

O próximo passo, que até já foi dado, como conta, passa por perceber o que originou a menor adesão à vacina, perceber “se existiu uma hesitação vacinal” e “preparar o próximo inverno”, para o qual fica a promessa da Direção-Geral da Saúde (DGS) “agir de forma diferente”.

Outro tipo de vacinação foi também tema na conferência sobre a saúde e o ambiente: a vacinação contra o sarampo, doença que Rita Sá Machado afirma ainda existir em Portugal, devido aos “casos importados”. “Nós mantemos uma boa cobertura vacinal contra o sarampo. Denotamos é que existe um atraso. Em vez de virem quando completam um ano de idade, vêm um mês ou seis meses depois e isso pode ter impacto”, alertou.

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