Entrevista: «O Dolce Vita Tejo é o maior investimento privado em Portugal» - TVI

Entrevista: «O Dolce Vita Tejo é o maior investimento privado em Portugal»

  • Sónia Peres Pinto
  • 13 fev 2007, 18:26

O presidente da Amorim Imobiliária, Rui Alegre, diz que a sua empresa é, actualmente, o segundo maior proprietário de centros comerciais no mercado nacional. Para o responsável, o país tem capacidade para receber novos projectos desde que apresentem um novo formato.

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Que balanço faz de 2006?

Estava dentro das expectativas que não seria um ano animado. Apesar das características do mercado imobiliário e também da economia em geral, que registou um crescimento praticamente nulo, a nossa «performance» foi bastante positiva. Cumprimos os orçamentos em todas as áreas de negócio, tivemos uma excelente quota de mercado.

Quais são as actuais quotas de mercado?

A maior é na área dos escritórios, colocámos cerca de 30 mil metros quadrados de escritórios em 2006 para um mercado total de 100 mil metros quadrados. No segmento residencial não vale a pena falar de quotas de mercado porque este está muito disperso e ainda bem. Todo o produto que colocámos no mercado foi para nichos de mercado, projectos muito especializadas. Falamos, por exemplo, os estúdios «residence», ou seja, condomínios de recuperação urbana, de reabilitação urbana, para nichos de mercado muito específicos.

Na área dos centros comerciais varia. Depende se temos ou não centros comerciais em lançamento. Hoje somos o segundo maior proprietário de centros comerciais em Portugal com a marca «Dolce Vita», que estão todos 100 por cento comercializados.

Quanto é que cada área representa em termos de carteira?

Os centros comerciais representam metade, os escritórios cerca de 35 a 40% e a habitação, em termos de leitura, tem menos peso, pois traduz-se muito mais em termos de volume de vendas e menos em activos. Produz-se, vende-se e sai do balanço. Por isso só representa cerca de 10% dos nossos activos, mas em termos de vendas tem um volume considerável.

Acha que Portugal tem capacidade para absorver mais centros comerciais?

Há sempre lugar para coisas boas. Em termos globais, há regiões de Portugal que já estão a atingir níveis de saturação, nomeadamente o Porto. Mas em Lisboa ainda há espaço para aparecer produtos bons, com novos conceitos, com outro espírito. Depois há as médias cidades, onde estamos a actuar bastante, embora o nosso maior investimento esteja a ser feito em Lisboa.

Estamos, neste momento, nesta área de centros comerciais em concurso em outras cidades do país, com o conceito de «sportforum», parcerias público privadas e projectos pluridisciplinares. Gostamos de chegar aos municípios, aos governos e às instituições que têm grandes patrimónios e que não têm vocação específica e criar-lhes valor, o que propomos é dar novas centralidades nesses espaços que já existem.

Como têm corrido esses diálogos?

Muito bem.

Quanto é que está previsto investirem nestes projectos?

Temos um «pipeline» de investimentos comprometidos de cerca de 500 milhões de euros em todas as actividades mas centra-se mais nos centros comerciais, pois cada centro comercial é um investimento muito considerável. Por exemplo, só o «Dolce Vita Tejo» é o maior investimento privado a realizar-se em 2007 e 2008 em Portugal e envolve 200 milhões de euros. Cada unidade comercial que se faça leva uma boa parcela deste investimento.

Estes 500 milhões de euros serão aplicados até quando?

Até ao final de 2009 mas só em Portugal. Mas estou a falar só de investimentos comprometidos, são projectos que já estão em fase de licenciamento.

Qual foi o volume de negócios em 2006?

Ainda não temos as contas fechadas mas foi superior ao do ano anterior. O número que estou a divulgar é que quer em termos dos indicadores económicos e financeiros quer a nível da actividade comercial crescemos em relação ao ano anterior, o que foi muito bom.

E para 2007?

Vamos crescer quer em volume de negócios quer em volume de activos. Este ano superamos 1,2 biliões de activos no nosso balanço e acredito que em 2007 vamos superar 1,3 biliões de activos. Estamos sempre a crescer com os nossos resultados, com as nossas rentabilidades e com a nossa «performance».

Veja o resto da entrevista (em links relacionados) e os respectivos vídeos (clicando em Vídeo em cima à esquerda
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