<i>Serial Killer</i>: julgamento aberto ao público - TVI

<i>Serial Killer</i>: julgamento aberto ao público

Alegado <i>serial killer</i> à entrada do tribunal (Foto Lusa)

Santa Comba: psiquiatra e psicólogo são testemunhas de defesa do ex-cabo

O julgamento do ex-cabo da GNR de Santa Comba Dão, acusado pela morte de três jovens suas vizinhas, vai ser aberto ao público e à comunicação social, referiu esta tarde ao PortugalDiário fonte do Tribunal da Figueira da Foz.

Refira-se que o arguido tinha solicitado a realização do julgamento à porta fechada, mas o tribunal entendeu não existir motivo «sério e justificado» que imponha a realização da audiência sem a presença do público e dos jornalistas.

No requerimento que enviara ao tribunal, o ex-cabo António Costa pedia a realização do julgamento à porta fechada invocando «a natureza do crime em causa, o alarme social, os elementos probatórios e as perícias médico-legais, susceptíveis de causar graves danos a todas as partes, tanto às vítimas e seus familiares, como ao arguido e sua família». Mais; segundo o arguido, a audiência com porta aberta também afectaria «a moral pública, pondo em risco o decurso da mesma (audiência)».

O Ministério Público e os familiares das vítimas (assistentes) opuseram-se à exclusão de publicidade.

Por seu lado, o colectivo que vai julgar o arguido concluiu que a audiência pública não é susceptível de causar dano à dignidade das pessoas e à moral pública ou ao normal decurso do julgamento.

Arguido junta mais testemunhas de defesa

O Tribunal aceitou um pedido do arguido para juntar mais dez testemunhas, incluindo um médico psiquiatra e um doutorado em psicologia, além dos três clínicos que realizaram a perícia ao ex-cabo.

O colectivo rejeitou, no entanto, o último pedido de aditamento de mais quatro testemunhas.

Alegado serial killer quer dar entrevistas

Os juízes estranharam mesmo que António Costa venha agora pedir a exclusão de publicidade quando «é o próprio arguido que consente a exposição mediática» ao manifestar o desejo de falar à comunicação social.

Contactada esta quinta-feira pelo PortugalDiário, fonte oficial da Direcção Geral dos Serviços Prisionais (DGSP) confirmou que o arguido pretendia conceder entrevistas à comunicação social, «mas a DGSP recusou, alegando que se trata de um preso preventivo».

O julgamento do alegado serial killer começa na próxima segunda-feira, 4 de Junho, às 9:45. Apesar de contar com a presença da comunicação social, não será autorizada a transmissão ou registo de imagens ou a tomada de sons, facto que, segundo o colectivo, ajuda a acautelar «a dignidade do arguido».

O ex-cabo António Costa vai responder por três crimes de homicídio qualificado, três crimes de ocultação de cadáver, um crime de profanação de cadáver, dois crimes de coacção sexual na forma tentada e um crime de denúncia caluniosa. Arrisca uma pena máxima de 25 anos de prisão.
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