Call Center para filtrar urgências

O Centro de Atendimento da Saúde (CAS) começa a funcionar no dia 25 deste mês, três anos depois de ter sido lançado ainda pelo anterior Executivo. O objectivo do centro é melhorar o acesso aos serviços públicos através de um call center, evitando, por exemplo, idas desnecessárias às urgências.

Por exemplo, se lhe dói a barriga ou a cabeça e não sabe se deve ir ao hospital para fazer exame, ou se simplesmente quer saber a localização da unidade de saúde mais próxima, basta ligar para o novo serviço de atendimento telefónico de âmbito nacional.

A notícia é avançada na edição deste domingo do jornal Público.

Este novo serviço absorve numa única plataforma os actuais dispositivos de atendimento telefónico, o Saúde 24 (pediátrico) e a Linha de Saúde Pública.

Para cumprir o objectivo de evitar idas desnecessárias às urgências, o CAS oferece três tipos de serviço: triagem, aconselhamento e encaminhamento de pessoas com problemas de saúde.

Assim, os doentes são atendidos por enfermeiros que avaliam o risco dos sintomas descritos, dão conselhos e, se tal for necessário, encaminham-nos para uma urgência.

A triagem vai ser realizada por 120 enfermeiros sediados em Lisboa e no porto e as chamadas de emergência serão de imediato transferidas para o Centro de Orientação de Doentes Urgentes do INEM, que funcionará em articulação com o centro.

O CAS pretende ainda prestar um serviço de assistência em saúde pública e outro de acesso fácil e rápido de informação em geral, em português e inglês. Para estas funcionalidades, o utente pode utilizar, para além do telefone, o fax e o correio electrónico.

O sistema arranca no mesmo dia em que entram em vigor algumas das cláusulas dos protocolos entre administrações regionais de saúde e cerca de 10 autarquias, no âmbito da reformulação da rede de urgências.

Nos primeiros quatro anos, o CAS vai ser assegurado por uma empresa do universo da Caixa Geral de Depósitos, a EPS - Gestão de Sistemas de Saúde, que ganhou o concurso em parceira público-privada. A gestão da experiência fica a cargo da Direcção-Geral da Saúde (DGS).