O município alentejano de Vendas Novas atribuiu esta quarta-feira ao governo a responsabilidade política pela morte de uma mulher, devido «à ausência de assistência médica necessária e em tempo útil», na sequência do fecho das urgências da cidade, escreve a Lusa.
Em causa, segundo a autarquia, está a morte, na terça-feira, de uma mulher, de 51 anos, «vítima de uma paragem cardio-respiratória».
De acordo com a edição de hoje do jornal Correio da Manhã, a mulher, residente próximo do centro de saúde de Vendas Novas, morreu a caminho do Hospital de Évora, a cerca de 50 quilómetros de distância, apesar das tentativas de reanimação feitas pelos bombeiros.
O município local, em comunicado hoje divulgado, responsabiliza politicamente o governo e o ministro da Saúde pela morte da mulher, devido ao encerramento das urgências no centro de saúde da cidade a 28 de Maio último.
Na sequência de uma providência cautelar interposta pelo município contra a decisão do governo, o Tribunal Administrativo e Fiscal de Beja decidiu, a 5 de Junho, suspender o novo modelo de funcionamento do centro de saúde, que levou ao fecho das urgências.
Contactada pela agência Lusa, a Administração Regional de Saúde (ARS) do Alentejo, através do porta-voz, Mário Simões, lamentou a morte da mulher e repudiou o «aproveitamento de uma situação dramática para os mais diversos fins».
«A ARS reserva-se o direito de responsabilizar o presidente da Câmara Municipal de Vendas Novas pelas afirmações demagógicas que tem vindo a proferir», disse o mesmo porta-voz.
Mário Simões considerou ainda que «não se deve associar este infeliz acontecimento» com o encerramento do Serviço de Atendimento Permanente (SAP), até porque a morte da mulher «ocorreu no período de funcionamento do centro de saúde».
«Governo é responsável por morte de mulher»
- Portugal Diário
- 13 jun 2007, 16:39
Pelo fecho das urgências da cidade, acusa o município alentejano de Vendas Novas
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