Os números elevados espantam o coordenador da Polícia Judiciária. Carlos Cabreiro não tem números em português para contrapor ao estudo britânico, mas garante que «pela participação» que a polícia tem recebido «não tem havido dificuldade em fazer com que as denúncias cheguem ao sítio certo».
E-mails, telefonemas para a esquadra, que depois são encaminhados, ou mesmo chamadas para a Linha Alerta são os meios mais usados por quem se depare com imagens de abuso sexual de menores online.
A Linha Alerta permite o preenchimento de um formulário, de forma confidencial, no qual é «possível reportar potenciais conteúdos ilegais na Internet». Também é possível enviar estas participações por e-mail ou usar o telefone.
Aqui ficam os endereços
Site: http://linhaalerta.internetsegura.pt/
Linha telefónica: 218440126 ou uma esquadra da PSP
E-mail: report@linhaalerta.internetsegura.pt
Dar rosto ao criminoso digital
A seguir, explica o responsável, é preciso «analisar as denúncias e credibilizá-las». «Há imagens que não constituem pornografia de menores nem configuram qualquer crime».
Quando a análise da Judiciária leva à indicação de crime, há duas hipóteses a percorrer: «Se estamos a falar de uma situação com servidores estrangeiros, encaminhamos o caso para a Interpol. Se o servidor foi nacional, abrimos um inquérito».
Carlos Cabreiro não tem dúvidas da eficácia dos métodos usados para dar um rosto ao criminoso digital, que coloca imagens pornográficas com menores online. Assim como louva o trabalho de coordenação internacional, que permite alargar a «rede» a quem navega na Net, deixando um rasto de abusos sexuais a crianças.