Polícia acusada de bater em 4 crianças - TVI

Polícia acusada de bater em 4 crianças

Polícia [arquivo]

Estudantes queixam-se de alegada carga policial. Escola C+S de Alfragide foi esta manhã fechada a cadeado

Relacionados
Pelo menos quatro estudantes ficaram feridas esta segunda-feira durante uma alegada carga policial na Escola C+S de Alfragide, contaram vários estudantes, citados pela Lusa.

Segundo Bruna Cruz, a polícia, depois de rodeada pelas cerca de duas centenas de alunos, carregou sobre os jovens, tendo um deles ido apresentar queixa na esquadra da polícia de Alfragide, o que lhe foi recusado.

Escola C+S de Alfragide fechada a cadeado

A recusa, segundo Carlos Sousa contou, foi justificada por ser necessário apresentar uma reclamação por parte da escola sobre o sucedido.

Bruna Cruz adiantou ter sido agredida no joelho, que está inchado e com nódoas negras, andando com dificuldade.

Mãe indignada

Uma criança ficou com as costas marcadas e em sangue, disse a mãe da estudante.

Irene C. afirmou que a filha depois de agredida foi para casa tendo recebido um telefonema já no trabalho a dar conta da situação.

Em frente à escola C+S de Alfragide, Irene C. adiantou que aguarda pela chegada da filha para ir com ela à esquadra apresentar queixa.

«Isto é uma vergonha. O que é que a polícia faz de cassetete na mão contra uma criança de 10 anos», questionou a mãe da criança visivelmente irritada.

Polícia abandonou o local

Confrontada pela acusação, fonte da polícia limitou-se a responder:«Terá de perguntar às crianças. Aqui não se resolve nada. Elas é que começaram com isto tudo».

A polícia entretanto deixou o local, pouco depois da chegada das câmaras de televisão, embora um dos agentes tenha indicado, quando questionado sobre o sucedido, que «elas é que começaram com isto tudo».

Fonte da esquadra da PSP da Amadora comentou apenas «Isso é para rir», remetendo mais declarações para o Comando Metropolitano de Lisboa da PSP.

«Não há aulas»

Entretanto são menos os alunos que se encontram fora do recinto escolar onde também são poucos os professores, tendo a maioria deles entrado já para o estabelecimento de ensino.

Por outro lado, os que se mantêm fora da escola - cerca de uma centena - gritam palavras de ordem «Não há aulas» e afirmam que o protesto é contra o estatuto do aluno, contando com o apoio dos estudantes e da grande maioria dos professores.

Questionados sobre quem acorrentou os portões da escola a cadeado, todos afirmaram desconhecer quem o terá feito.

Ninguém presta declarações

Ninguém da escola presta declarações nem os jornalistas estão autorizados a entrar no interior do estabelecimento de ensino.
Continue a ler esta notícia

Relacionados