Em comunicado, o Conselho Intermunicipal do Algarve refere que a situação está a impedir «milhares de alunos» na região de terem acesso ao ensino regular e obrigatório «a que têm direito», atribuindo a «falha grave» ao Governo.
«Este início de ano letivo foi o mais caótico e desorganizado dos últimos anos», lê-se no comunicado, onde se sublinha que a situação «põe em causa o investimento municipal e todo o processo educativo dos alunos».
O Conselho Intermunicipal do Algarve deliberou na segunda-feira demonstrar publicamente a sua indignação face à situação da educação no Algarve e demonstrar o seu desagrado pela forma como o Governo tem gerido a colocação dos professores.
«As câmaras municipais tudo fizeram para que o ano letivo se iniciasse a tempo e horas, arranjando escolas, fornecendo materiais, espaços exteriores, refeições escolares, transportes para os alunos, materiais educativos e todo um conjunto de condições, com um forte investimento municipal», refere.
O Conselho Intermunicipal do Algarve, que congrega as 16 autarquias da região, considera ainda que o Governo «deve rever a sua atuação e refletir sobre os erros cometidos, de modo a encontrar rapidamente soluções».
A colocação de professores decorreu com erros, como admitiu o ministro da Educação que já esta quarta-feira revelou no Parlamento que pediu ao Conselho Superior da Magistratura para avaliar eventuais compensações a professores.