Governo fecha cinco serviços de saúde em Vila Real - TVI

Governo fecha cinco serviços de saúde em Vila Real

  • Portugal Diário
  • 28 dez 2007, 01:33

Todos encerram à meia-noite. Em Alijó, populares promovem vigília

Dezenas de pessoas estão a promover uma vigília em frente ao centro de saúde de Alijó, distrito de Vila Real, em protesto contra o encerramento nocturno do Serviço de Atendimento Permanente (SAP) à meia-noite, noticia a agência Lusa.

De uma só vez, o Governo fecha à meia-noite cinco serviços de saúde no distrito de Vila Real, nomeadamente os SAP¿s de Alijó, Murça e Vila Pouca de Aguiar, o bloco de partos do Hospital de Chaves e o Serviço de Urgência do Hospital D. Luiz I, no Peso da Régua.

«Estamos aqui a assistir a um velório, do qual eu também me sinto responsável já que votei no Governo PS», afirmou à Agência Lusa Armindo Teixeira, um habitante de Alijó, que se juntou à vigília marcada por mensagem de telemóvel nas últimas horas.

Populares acendem fogueira

Algumas dezenas de populares acenderam uma fogueira e algumas velas em frente ao edifício do centro de saúde de Alijó e aguardam pelo encerramento deste serviço.

Armindo Teixeira afirma que o encerramento nocturno do SAP vai ser «prejudicial» para as populações locais e considera que a alternativa apresentada, nomeadamente o hospital de Vila Real, «já não serve pois está a rebentar pelas costuras».

O Hospital de Vila Real dista da sede do concelho de Alijó 47 quilómetros.

Para a Comissão Política Distrital de Vila Real do PSD, «está consumado aquele que é, porventura, o maior atentado perpetrado por um Governo contra as gentes do distrito».

«Que fique bem claro que este encerramento de serviços de saúde no nosso Distrito é uma decisão exclusivamente política e tem como principal responsável o actual primeiro-ministro de Portugal, o engenheiro José Sócrates», afirmou o PSD em comunicado enviado à Lusa.

Os sociais-democratas estão contra o encerramento destes serviços porque «o Serviço de Urgência do Hospital São Pedro, em Vila Real, não tem ainda em funcionamento todas as valências que um Serviço de Urgência Polivalente deveria ter, pelo que continua a necessitar de referenciar um conjunto significativo de doentes para os Hospitais da cidade do Porto».

Aldeias a mais de 60 minutos de um serviço de urgência

E acrescentam: «Há aldeias e vilas que com estes encerramentos ficarão a mais de 60 minutos de um qualquer serviço de urgência» e «se assiste, quase diariamente, é a partos realizados em ambulâncias a caminho dos hospitais».
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