TGV: «Não quero que Portugal fique para trás», diz Sócrates - TVI

TGV: «Não quero que Portugal fique para trás», diz Sócrates

Assinado contrato entre RAVE e Santiago Calatrava para ampliação da gare do Oriente

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O primeiro-ministro José Sócrates disse esta quinta-feira não querer que «Portugal fique para trás na rede de alta velocidade europeia», durante a assinatura do contrato entre a Rede Ferroviária de Alta Velocidade (RAVE) e o arquitecto espanhol Santiago Calatrava para ampliação e adaptação da estação do Oriente ao TGV.

Considerando um «momento importante para o futuro da alta velocidade em Portugal», o primeiro-ministro considerou que «seria um erro não investir neste projecto» que, segundo disse, «terá impacto na economia e no emprego».

José Sócrates adiantou que fazer o percurso Lisboa-Évora vai demorar «30 minutos, o mesmo tempo de comboio entre Cascais e Lisboa», sublinhando «não queremos adiar mais».

Calatrava emocionado

O projecto de ampliação e adaptação da estação, orçado em 82 milhões de euros, ficará a cargo do autor original da gare do Oriente, Santiago Calatrava.

No seu discurso, o arquitecto falou da «emoção» que sente «ao ver a estação tão vivida e cheia de gente» e acrescentou que foi necessária «humildade e esforço humano», relembrando a perda de três vidas durante a construção da estação.

A ampliação da estação para acolher a alta velocidade ferroviária vai obrigar à construção de dois novos terminais e a três novas linhas, segundo dados da Rave.

As obras de alargamento, que estarão concluídas em 2013, tornarão a Gare do Oriente no «grande» interface de transportes de Lisboa, capaz de suportar a rede ferroviária tradicional, a rede de alta velocidade e o metropolitano, além da capacidade de distribuição pelos transportes terrestres.

«Recuperar tempo perdido»

Mário Lino, ministro das Obras Públicas, também presente na assinatura do contrato, afirmou que o alargamento da estação vai trazer «desenvolvimento tecnológico e criação de emprego» ao país.

Segundo disse, o projecto «arrastou-se penosamente durante alguns anos», pelo que «é necessário recuperar o tempo perdido e pôr o projecto a andar». Declarou que 2,7 milhões de habitantes vão ser directamente servidos pela estação.

O concurso público internacional para a expansão da estação será lançado no segundo semestre de 2009, anunciou o ministro.

«O concurso público internacional para a intervenção na Estação do Oriente será lançado no segundo semestre de 2009», afirmou Mário Lino.

O ministro explicou que o contrato estabelece um prazo de 15 meses para a elaboração do projecto, que inclui a realização do estudo prévio, do projecto-base e do projecto de execução.

A obra, adiantou Mário Lino, que terá um prazo de execução de 40 meses, estará concluída em 2013, transformando a Gare do Oriente numa «estação virada para o futuro».

O ministro disse ainda que as obras servirão «para introduzir pequenas melhorias ao nível do conforto dos cidadãos e das acessibilidades rodoviárias à estação», que serve «2,7 milhões de pessoas».
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