Manifestações no Dia do Estudante

Alunos do secundário e do ensino superior assinalam esta terça-feira o Dia do Estudante com diversas iniciativas e manifestações com as quais querem chamar a atenção para alguns problemas do sector, refere a Lusa.

Em Lisboa, alunos da Escola Superior de Tecnologia e Artes de Lisboa (ESTAL) anunciaram uma manifestação, com partida do Largo Camões, rumo à Assembleia da República e, segundo fonte da instituição, vão estar presentes estudantes de várias escolas e faculdades para se manifestarem contra o actual sistema de Ensino Superior.

Os estudantes reclamam um ensino público gratuito, sem propinas e mais apoios na Acção Social Escolar, manifestando-se contra o processo de Bolonha e a gestão das universidades por fundações, previsto no novo Regime Jurídico das Instituições do Ensino Superior, que entrou em vigor em 2007.

De acordo com fonte da ESTAL são esperados na manifestação colegas das Faculdades de Belas Artes de Lisboa, de Arquitectura do Técnico e da Escola Superior de Enfermagem de Lisboa, enquanto a Faculdade de Psicologia promoverá um debate e uma «churrascada».

As Associações Académicas de Lisboa, Aveiro e Coimbra não organizaram manifestações, optando por assinalar a data de outras formas, mais simbólicas.

Em Coimbra, os estudantes vão reunir-se na Praça 08 de Maio, pelas 12:30, em torno de um jogo de cadeiras que pretende ilustrar as alterações no sistema e na gestão das instituições.

A Federação Académica do Porto vai enviar uma carta ao Ministério da Ciência e Ensino Superior e instituições da região em que dá conta das suas principais preocupações, pedindo uma reflexão sobre o processo de Bolonha.

Várias associações de estudantes do ensino secundário de vários pontos do país também anunciaram manifestações junto ao Ministério da Educação, em Lisboa, escolas e câmaras municipais.

Debaixo das críticas destes estudantes estão o regime de faltas e o Estatuto do Aluno, contra os quais já se manifestaram a 04 de Dezembro passado. Nesse dia, segundo os organizadores, os protestos tiveram uma adesão de seis mil a sete mil alunos, enquanto o Governo garantiu que dos 1,5 milhões de estudantes do país, apenas "algumas dezenas faltaram às aulas".