Emissões sem impacto na saúde, diz AP Amoníaco

A AP Amoníaco de Portugal assegurou, esta terça-feira, que as emissões de dióxido de enxofre, três vezes superior ao máximo permitido por lei, não tiveram impacto na saúde dos trabalhadores da fábrica e da população de Lavradio.

«Após a detecção de níveis anómalos de dióxido de enxofre, foram prontamente accionados os mecanismos de reacção previstos», disse a empresa em comunicado, garantindo que está a tomar as medidas necessárias para retomar a actividade.

A empresa, que emprega 250 trabalhadores, adiantou que a «causa da anomalia, prontamente identificada, ocorreu na unidade de recuperação de enxofre» e assegurou que, de acordo com dados da empresa e de entidades competentes, não existiu qualquer impacto para a saúde pública.

Após a tutela ter decidido suspender a laboração na fábrica na sequência do incidente, a administração da empresa decidiu agendar, para esta quarta-feira, uma reunião com representantes da Câmara do Barreiro e da Junta de Freguesia do Lavradio.

Entretanto, a Associação de Defesa do Ambiente do Lavradio (ASDAL) mostrou-se satisfeita com a decisão do Ministério do Ambiente e exigiu medidas de controlo de produção nas fábricas da empresa.

Para a associação, os valores de dióxido de enxofre registados na AP Amoníaco de Portugal eram de «dimensão preocupante».

A associação congratulou-se ainda o grupo de cidadãos do Lavradio que recolheu assinaturas para um abaixo-assinado, a exigir a resolução dos problemas, que conseguiu mais de 2000 assinaturas e que vai ser entregue na Assembleia da República na próxima sexta-feira.