Viana: deu à luz quando atravessava a ponte - TVI

Viana: deu à luz quando atravessava a ponte

  • Portugal Diário
  • 29 mai 2007, 18:32

Saiu mais cedo para ir para o hospital, mas parto aconteceu na ambulância

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Natália Novais saiu, segunda-feira, bem cedo de Durrães, Barcelos, para dar à luz no hospital de Viana, mas o parto acabou por acontecer quando a ambulância em que seguia atravessava a ponte nova de Viana do Castelo, escreve a Lusa.

«Foi um parto diferente. A Beatriz estava um bocadito apressada e decidiu sair em plena viagem para o hospital. Mas, felizmente, tudo correu bem e, agora, até acho graça ao que aconteceu», contou visivelmente feliz e bem disposta, a jovem mãe.

Os dois primeiros filhos de Natália - Pedro, de sete anos, e Ana Sofia, de dois - nasceram no hospital de Barcelos, o mesmo em que, em princípio, deveria nascer também a Beatriz, caso a maternidade local não tivesse encerrado, há cerca de um ano.

A partir daí, muitas das parturientes de Barcelos têm optado por dar à luz no Centro Hospitalar do Alto Minho, em Viana do Castelo, que fica bem mais perto de certas freguesias daquele concelho do que o Hospital de S. Marcos, em Braga, a outra alternativa na região.

No caso de Natália, não terá sido por causa das distâncias que acabou por ter a filha no caminho para o hospital, pois os quilómetros que separam Durrães de Barcelos e de Viana do Castelo são sensivelmente os mesmos.

«O que aconteceu é que a Beatriz parece que quis ser notícia, nada mais do que isso», diz a mãe, de 32 anos, operária têxtil em Barroselas.

Foi por volta das 06:00 de segunda-feira que as dores começaram «a atacar com mais força» a jovem grávida. Meia hora depois, Natália chamou uma ambulância e poucos minutos passavam das 07:00 quando a Beatriz nasceu, em cima da ponte nova de Viana do Castelo.

António Oliveira, 35 anos, operário fabril, é bombeiro formado há apenas dois meses, faz parte do corpo activo do posto avançado de Fragoso dos Voluntários de Barcelos e calhou-lhe em sorte ser o condutor da ambulância que transportou Natália para o hospital.

«A meio da viagem, e como as contracções da grávida passaram a ser muito menos espaçadas, ligámos para o CODU [Centro de Orientação de Doentes Urgentes], que nos disse para pararmos à entrada da A-28 e ali esperarmos pela VMER [viatura médica de emergência e reanimação]», contou à Lusa António Oliveira.

«Após a chegada da VMER, um médico entrou para a ambulância e pouco depois, em cima da ponte nova e sempre em andamento, só ouvi a mulher a dizer, repetidamente, que a criança estava a sair. Olhei pelo retrovisor e vi o médico com a criança nos braços. Foi uma sensação fantástica», confessou o bombeiro.
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