Movimento Porta 65 fechada «não se cala» - TVI

Movimento Porta 65 fechada «não se cala»

  • Portugal Diário
  • 6 jan 2008, 00:04
Protesto contra o «Porta 65 Jovem» (foto MARIO CRUZ/LUSA)

Grupo marcou nova contestação às novas regras de atribuição de subsídios ao arrendamento

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O movimento Porta 65 fechada, que critica as novas regras de atribuição de subsídios ao arrendamento de casas por jovens, decidiu fazer a 9 e 10 de Fevereiro um «fim-de-semana de contestação» nacional, revelou um porta-voz à agência Lusa.

João Cleto, porta-voz do movimento, disse à agência Lusa que a decisão foi tomada este sábado durante uma reunião em que participaram duas dezenas e meia de representantes de Lisboa e Porto do movimento.

João Cleto assinalou que o protesto principal será no domingo 10 de Fevereiro, em que se realizarão concentrações em Lisboa, Porto, Coimbra e, eventualmente, noutras cidades, com «algumas iniciativas inovadoras».

Aquele responsável do movimento Porta 65 fechada afirmou que a acção principal é ao domingo porque a maior parte das pessoas nesta situação são jovens trabalhadores e muitos deles trabalham ao sábado.

Precisou que até ao fim-de-semana de 9 e 10 de Fevereiro irão realizar-se algumas acções preparatórias e de divulgação da iniciativa.

O programa Porta 65 Jovem substitui o de Incentivos ao Arrendamento por Jovens (IAJ), que comparticipava até 75 por cento do valor das rendas apresentadas.

Candidaturas já terminaram

O Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU), revelou que na primeira fase de candidaturas do Porta 65 Jovem, que terminou esta semana, apresentaram-se 3.561 jovens, dos quais 1.995 isolados, 1.472 casais e 94 que vivem em sistema de co-habitação.

Segundo o jornal Público deste sábado, o IAJ abrangia em 2006 cerca de 24 mil jovens.

Os candidatos terão de cumprir diversos requisitos, entre os quais ter uma renda até ao valor máximo admitido (RMA) na zona onde se localiza a habitação e um total de rendimentos brutos compatíveis com uma taxa de esforço máxima de 40 por cento, sendo o máximo de comparticipação de 50 por cento.

O programa «Porta 65 Jovem» tem sido alvo de críticas dos partidos da oposição, que acusam o Governo de ter criado condições de acesso desajustadas da realidade, devido aos limites impostos para as rendas.

Em Lisboa, por exemplo, a renda não pode ser superior a 340 euros para um T0-T1, 550 euros para um T2-T3 e 680 euros para um T4-T5.

O movimento «Porta 65 fechada» também alega que os tectos máximos definidos para as rendas a apoiar são irrealistas.

O Porta 65 Jovem terá novas fases de candidatura em Abril, Setembro e Dezembro.
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