Jovem aliciava crianças no Fortnite e convencia-as a filmarem-se em atos sexuais - TVI

Jovem aliciava crianças no Fortnite e convencia-as a filmarem-se em atos sexuais

  • AM
  • 23 jan 2020, 11:21
Polícia Judiciária

Suspeito conhecia os menores principalmente no Fortnite e depois interagia com eles através do WhatsApp, Facebook e Instagram. Foi detido pela PJ de Aveiro e está acusado dos crimes de abuso sexual de crianças e de pornografia de menores

A Polícia Judiciária de Aveiro deteve um jovem de 19 anos suspeito da prática dos crimes de abuso sexual de crianças e de pornografia de menores. O suspeito foi detido no cumprimento de mandados de detenção e tinha na sua posse "milhares de ficheiros multimédia - imagem e vídeo - de crianças em práticas sexuais explícitas".

Em comunicado, a PJ revela que o "suspeito conhecia os menores na sequência da interação proporcionada pelos videojogos jogados na Internet, principalmente os multijogadores do conhecido Fortnite". 

"Privilegiando os contactos com os mais jovens, interagia depois com eles individualmente através da aplicação WhatsApp e das redes sociais Facebook e Instagram. Criada esta relação de proximidade, instava os menores a filmarem-se com o telemóvel enquanto praticavam atos sexuais de relevo, vídeos esses que depois as crianças lhe enviavam através daquelas plataformas de comunicação", acrescenta a nota.

Para além de receber os ficheiros, que serviam para "própria satisfação sexual", o suspeito partilhava os mesmos com outros internautas. 

"Para ocultar e dissipar o rasto digital da sua atividade delituosa, criava e enviava instruções aos menores, ensinando-lhes a apagar quer a gravação dos vídeos que lhe enviavam, quer os registos digitais gerados pelas comunicações entre ele e as vítimas".

Tudo era feito a partir de casa, numa freguesia do concelho de Salvaterra de Magos, onde foram apreendidos telemóveis e diverso material informático, designadamente computadores e discos de armazenamento externo.

"A investigação vai prosseguir no sentido de tentar identificar o maior número possível das inúmeras vítimas existentes, a partir da análise da imensidão de dados apreendidos e da realização de perícias forenses de informática", acrescenta a Polícia Judiciária.

Presente a tribunal, o detido viu-lhe ser aplicadas as medidas de coação de apresentações diárias no posto policial da área de residência, proibição de usar equipamentos informáticos com acesso à Internet e obrigação de se sujeitar a tratamento psiquiátrico, em instituição adequada.

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