Farmácias: assistência à população «corre grande risco» - TVI

Farmácias: assistência à população «corre grande risco»

Onda de assaltos a farmácias

Bastonário exige «soluções urgentes» ao Ministério da Saúde

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O bastonário da Ordem dos Farmacêuticos, Carlos Maurício Barbosa, reivindicou do Ministério da Saúde «soluções urgentes» para o setor das farmácias, considerando que a assistência farmacêutica à população «corre grande risco».

«A situação é muito grave e tem seriíssimas implicações. Desde logo ao nível da desestabilização da assistência farmacêutica à população, que hoje corre grande risco. O Ministério da Saúde tem de dar a devida atenção a estes problemas, que são reais e necessitam de soluções urgentes», frisou, em Coimbra.

O bastonário, que intervinha no simpósio «Os Farmacêuticos e a Ética», reiterou que «várias centenas de farmácias se encontram mergulhadas numa crise económica e financeira» e que, «em grande número, as outras farmácias e também os laboratórios de análises clínicas estão no limite das condições necessárias» à sua sobrevivência.

«Dando a primazia ao doente na ótica do interesse comum, queremos preservar a todo o custo a acessibilidade ao medicamento e, claramente, as farmácias são uma peça fundamental nesta acessibilidade», garantiu o secretário de Estado da Saúde, Manuel Teixeira, orador na mesma sessão.

Segundo o secretário de Estado, «numa lógica de interesse comum, o Governo tinha de implementar medidas imediatas, mas com visão de futuro, que fizessem decrescer o nível de consumo» do Serviço Nacional de Saúde.

No caso do medicamento, foi implementado «um pacote muito completo de medidas de conjuntura associadas a medidas de estrutura», adiantou.

«Não estamos no final do caminho, estamos a meio, mas temos de persistir, e vamos persistir, tentando agora corrigir os potenciais desequilíbrios que a ação necessária do Governo introduziu», afirmou.

Ao intervir no simpósio, que decorreu num anfiteatro da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra, Manuel Teixeira referiu também que «o esforço de ajustamento incidiu claramente neste setor», sobre os medicamentos vendidos nas farmácias.

«Será que posso dizer que feito isto, e neste setor em particular, que tudo está feito, que tudo está bem feito, podemos estar tranquilos? Não, não podemos estar tranquilos e, pelo contrário, em conjunto convosco e com os outros profissionais de saúde, temos de fazer o caminho que falta fazer», afirmou o governante, após ter-se referido às reformas introduzidas na área do medicamento.
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