Confrontos no Líbano: portugueses estão bem

Actualizado às 14h00

Beirute voltou aos tempos instáveis, com a violência em crescendo e o registo de sete mortos e dez feridos nos confrontos da última noite. Os portugueses que vivem no Líbano estão bem, todos contactáveis, segundo apurou o PortugalDiário junto de fonte da Secretaria de Estado das Comunidades (SEC).

A prudência neste momento aconselha a não revelar muito mais pormenores, mas a SEC está atenta e acompanhar a situação de muito perto, sabendo-se que Portugal tem 34 cidadãos no país.

Além dos residentes, também estão no Líbano a tenista Neuza Silva (que participou no torneio H-Jouniehe) o seu treinador João Lucas, instalados num hotel a 20 quilómetros de Beirute. «Há ainda uma cidadã portuguesa integrada numa Organização Não-Governamental espanhola, distante de Beirute», indicou o secretário de estados das Comunidades, António Braga, à agência Lusa.

Reafirmando que estão «todos bem», admitiu que «alguns portugueses em Beirute possam estar refugiados nas montanhas dada a situação na cidade», onde se registam combates desde quarta-feira.

O Líbano atravessa a mais grave crise política desde o fim da guerra civil de 1990, e está sem chefe de Estado desde 24 de Novembro, porque as duas partes não conseguem chegar a acordo sobre a partilha do poder.

As forças da oposição tomaram controlo da capital, sendo que só um distrito muçulmano continua sob domínio das forças pró-governamentais, informa a agência Reuters, As ameaças do Hezbollah obrigaram ao encerramento de todos os meios de comunicação social pertencentes à família do líder da maioria parlamentar, Saad Hariri. A televisão «Futuro», o jornal «al-Moustaqbal» e a rádio «Este» fecharam as suas portas e estão sob controlo do exército.