Tarântula: leia os melhores textos dos leitores - TVI

Tarântula: leia os melhores textos dos leitores

  • Portugal Diário
  • 7 nov 2007, 17:13
Bob Dylan - Tarântula (capa do livro)

Palavras inspiradas por Bob Dylan, que publica agora o seu livro em Portugal

Terminou o passatempo do PortugalDiário em parceria com a Quasi edições, tendo em vista o lançamento do livro «Tarântula», escrito por Bob Dylan, e que chega a Portugal precisamente esta quarta-feira.

Agradecemos a participação dos leitores, que enviaram textos muito inspirados e em grande quantidade. Os dez vencedores serão contactados em breve para receberem o seu prémio, mas de seguida ficam as melhores frases. Excertos dos textos enviados, que não poderão ser publicados na sua totalidade por limitação de espaço. Em todo o caso, ficam sinais da inspiração provocada pela música de Bob Dylan.

Jorge Manuel Feliciano:

«Já o vi ao vivo 9 vezes (Cascais, Lisboa, Porto, Paris x3, Bruxelas, Granada e Vilar de Mouros) e espero ver muitas mais a sua Never Ending Tour já vai nos 2000 concertos!!!! Sei de cor e de trás para a frente a maioria das canções, escrevi artigos que foram publicados na ISIS, tenho mais de 500 concertos em K7 e CD Bootlegs, enfim, uma perdição para a vida e para o bolso!

Li o Tarântula no original há alguns anos e, quando soube da notícia da edição Portuguesa, fiquei muito curioso para ver como o tradutor pegaria naquilo - esta é a oportunidade de verificar».

Lourenço Madureira:

«Além dos livros, chega o contacto com a música e o cinema. Cresço mais nos primeiros dois anos de vivência urbana do que no resto da minha vida. O meu tempo começa a ser vivido de volta dos filmes e dos discos. Eis Dylan. Lá, agora, sempre, Dylan. «Blood on the Tracks» faz a descrição do eu que trazia comigo. Dylan descreve tudo o que sinto de uma forma para mim inatingível ou sequer pensada. Dylan explica-me a existência desse vento idiota que nos empurra sem rumo ou destino, que nos despe de discernimento ou vontade e nos deixa apenas a vaguear inconscientemente por um mundo que não queremos nosso, mas que é o único que temos.

Mário Balbeira:

«Ouviram-se uns acordes de viola, uma harmónica desafinada e depois uma voz aguda e pouco vulgar. Cantava qualquer coisa como «Hey Mr Tambourine Man play a song for me». Não sei o que se passou, mas essa melodia que subitamente surgiu do nada exerceu em mim um fascínio indescritível, como uma força que me atirou para o sofá e me deixou prostrado num estado de quietude e reflexão inerte. Aquele tipo de reflexão de sentidos, que domina um momento ou uma situação. Apenas fiquei ali sentado, cerveja numa mão, em silêncio. Foram, talvez, dos cinco minutos mais estanhos da minha vida, em que me deixei levar para um estado de quase completa ascese. Tudo devido àquelas palavras penetrantes, e de certa forma lacerantes, que as colunas soltaram. (. . .) Não consigo conceber a minha vida sem a «poesia» de Bob Dylan».

Fernando de Sousa Pereira:

«Quando um artista chega aos 60 anos ainda na activa, sua única obrigação é não trair o espírito da própria obra. Mas qual o espírito da obra de Bob Dylan? Para seus fãs de primeira hora, aqueles que assistiram à sua espectacular entrada em cena, quatro décadas atrás, a resposta a essa pergunta provavelmente será: revolução».

Jorge Manuel Sá Martins:

«Eu, que já tenho 50 anos, e adoro música, uma das minhas paixões e hobbies, já podia morrer agora porque já vi ente muitos músicos/bandas lendárias o mítico Robert Allen Zimmerman, mais conhecido por Bob Dylan em Vilar de Mouros no Verão de 2004.

Eu conheci a musica de Bob Dylan em Africa (Luanda /Angola) em 1971 com 14 anos de idade portanto, nos idos anos em que houve Vilar de Mouros também, a sua musica fez parte portanto do meu processo de crescimento na adolescência, com tudo inerente a época que se vivia,( Maio de 69 em Paris, os Beatles, Rolling Stones (Já vi 2 vezes), Ledd Zepplin,) com as contestações de rua e o aparecimento do «Flower Power», as mini saias, o cabelo comprido, os 1ºs «charros» etc...»
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