Porto: assaltantes tinham metralhadoras e granadas - TVI

Porto: assaltantes tinham metralhadoras e granadas

Megaoperação da PJ

Inspector revelou arsenal detido pelos arguidos do caso de roubo a Multibancos e carjacking

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Um inspector da PJ revelou esta quinta-feira que pistolas, munições, metralhadoras, capuzes, granadas de mão e matrículas falsas foram apreendidos numa garagem que os arguidos no caso de roubo a máquinas Multibanco terão alugado em Oliveira do Douro, Gaia, noticia a Lusa.

O inspector Pedro Silva, ouvido no Tribunal de São João Novo, Porto, no âmbito do julgamento deste caso, adiantou que um dos arguidos tinha em casa «maços de notas e sacos com dinheiro».

O inspector, Pedro Silva, relatou também ter apreendido «sacos da Prosegur», além de «pistolas, munições, metralhadoras, capuzes, granadas de mão e matrículas falsas» no seguimento de uma busca à garagem que os arguidos terão alugado.

Após a busca na garagem em Gaia, o inspector dirigiu-se para a residência de um dos arguidos (António Ribeiro), tendo aí encontrado um cofre «em forma de elefante», com maços e sacos de notas, «próprios para depósitos daqueles utilizados nos bancos», num valor que ascenderia aos «10 ou 15 mil euros».

As buscas foram efectuadas no dia da detenção dos arguidos (26 de Janeiro de 2006), acusados de roubo de máquinas Multibanco, assalto a carrinhas de valores e roubo de veículos por «carjacking» (roubo de viatura com violência na presença do condutor) num valor superior a um milhão de euros.

Pedro Silva esteve ainda responsável por várias acções de vigilância durante o mês de Janeiro de 2006, tendo presenciado situações em que alguns dos arguidos «seguiam a carrinha da Prosegur».

O Tribunal de São João Novo, Porto, ouviu hoje cinco inspectores da PJ no âmbito do caso de roubo de máquinas Multibanco e carjacking, que envolve 12 arguidos, tendo marcado nova data para ouvir mais sete inspectores.

Aos arguidos o Ministério Público (MP) imputa a prática, em co-autoria material e em concurso real, de 69 crimes, no Litoral Norte de Portugal.

Os crimes vão desde associação criminosa à posse de arma proibida, roubo e furto qualificado, nas formas consumada e tentada, bem com falsificação de documentos.

Numa actividade intensa de roubos, este gangue chegou a encurralar e a disparar contra viaturas de transporte de valores (VTV) em auto-estradas ou nos seus acessos.

Os veículos furtados ou roubados por carjacking eram usados noutros crimes ou, após falsificação dos elementos identificadores, introduzidos no circuito comercial.
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