Crise: Igreja pede aos políticos que dêem o exemplo - TVI

Crise: Igreja pede aos políticos que dêem o exemplo

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Carlos Azevedo defende que aumento dos impostos deve ser aplicado aos que «ganham muito»

O presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social afirmou esta sexta-feira que o poder político deve dar o exemplo quando pede sacrifícios aos portugueses. Carlos Azevedo defende que um eventual aumento de impostos deve incidir nos que «ganham muito».

Carlos Azevedo falava à margem das Jornadas Nacionais das Comunicações Sociais, que decorreram quinta e sexta-feira em Fátima. As declarações do bispo surgiam na sequência do anúncio do desacordo entre PS e PSD em matéria de Orçamento do Estado.

O bispo pediu «lucidez e alguma contenção em ordem a haver uma negociação».

«Não sou comentador político, não sei dar conselhos a esse nível, mas parece-me que o povo português, e as dificuldades reais que muitas pessoas sentem, pedem que haja a possibilidade de um acordo, em ordem ao futuro das pessoas, que salvaguarde os interesses, não partidários ou de lugar de poder, mas sobretudo do bem comum».

«A distribuição da riqueza é tão injusta em Portugal»

Carlos Azevedo recordou que Portugal é o país europeu «onde há mais desigualdade a nível da remuneração das pessoas» e defendeu a incidência do peso dos impostos nos que «ganham muito».

«A distribuição da riqueza é tão injusta em Portugal - é o país da Europa onde há mais desigualdades a nível da remuneração das pessoas - que se houver forte peso nos impostos dos que ganham muito, era saudável também para ajudar a nivelar a sociedade de um modo mais justo».

O responsável da Pastoral Social da Igreja Católica considera que, se se pedem sacrifícios, estes «têm de começar por aqueles que dão o exemplo».
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