Empresários da diversão voltam aos protestos - TVI

Empresários da diversão voltam aos protestos

Manifestação de empresários de carrosséis (Mário Cruz/Lusa)

Manifestações marcada para junto do edifício do Conselho de Ministros e da Câmara de Lisboa

Os empresários da diversão voltam esta quinta-feira, aos protestos em Lisboa, com manifestações junto ao Conselho de Ministros e da câmara municipal, no mesmo dia em que vão ser recebidos pelo presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz.

Quatro meses depois de terem cancelado manifestações em Lisboa que duraram 42 dias, a Associação Portuguesa de Empresas de Diversões (APED) volta à rua insatisfeita com a falta de ação do Governo.

«Parámos as manifestações com a promessa de que íamos resolver o problema, de que ia ser criado um grupo interministerial. Confiámos no Governo e nunca mais nos passaram qualquer cartão. Não nos disseram mais nada», explicou o presidente da direção da APED, Luís Paulo Fernando.

Pelas 11:00, os empresários vão ser recebidos pelo presidente do Parlamento Europeu (PE), num encontro pedido por Martin Schulz, que os deixou «surpresos».

«Foi uma surpresa. Nós somos nómadas, andamos de terra em terra e o presidente do PE está preocupado e contacta-nos para estar ao corrente as nossas preocupações», afirmou o responsável.

Luís Paulo Fernando lembrou que esta não é a primeira vez que Martin Schulz se mostra preocupado com o setor da diversão, uma vez que, a 11 de janeiro, «desceu a escadaria da Assembleia da República» para cumprimentar os empresários que se estavam a manifestar.

Os empresários da diversão acabam o dia com uma manifestação junto à Câmara de Lisboa para contestar a decisão do presidente António Costa de não permitir que instalassem os seus equipamentos na freguesia de Arroios, durante as Festas de Lisboa.

Luís Paulo Fernando disse ainda que os 12 empresários afetados por aquela decisão de António Costa vão pedir uma indemnização à autarquia.

Em janeiro, os empresários da diversão realizaram protestos diários em várias zonas de Lisboa a alertar para os problemas do setor, incluindo as consequências da introdução do novo sistema de faturação.

As atividades das empresas de diversão eram classificadas como atividades culturais até 2006 e os empresários do setor pretendem regressar a esse estatuto, o que facilitaria o licenciamento, permitiria combater a «concorrência desleal» praticada por operadores estrangeiros e ter o IVA (imposto sobre o valor acrescentado) à taxa intermédia, de 13%, quando atualmente a taxa a que estão sujeitos é de 23%.
Continue a ler esta notícia