O CDS-PP vai apresentar na quarta-feira no Parlamento dois diplomas para instituir a venda de medicamentos em unidose nas farmácias e para generalizar a prescrição de remédios por substância activa a partir de 01 de Janeiro.
De acordo com a deputada Teresa Caeiro, em declarações à Lusa, o CDS insiste na questão da dispensa de medicamentos em dose individualizada em todas as farmácias por considerar uma medida «fundamental para evitar o desperdício».
«Quase um quarto do orçamento de Estado para o sector da Saúde é dispendido em comparticipação de medicamentos. O importante é que não se poupe nos doentes mas sim nos desperdícios», justificou a deputada.
Para o CDS, a dispensa de medicamentos em dose individual nos casos de doença aguda é uma promessa não concretizada do Governo desde 2006. «Considerando que aproximadamente 9,7 por cento do valor dos medicamentos vendidos em farmácia é desperdiçado, poderia poupar-se cerca de 150 milhões de euros. Valor semelhante seria poupado aos orçamentos domésticos», defendem os democratas cristãos.
Aliado à venda em unidose, o CDS propõe ainda que a prescrição por substância activa seja generalizada até ao dia 1 de Janeiro de 2011. «O médico só poderá prescrever medicamentos com a indicação da marca quando proceda a uma justificação técnica precisa e fundamentada na própria receita», defende o projecto de lei que será debatido na quarta-feira no plenário parlamentar.
Assim, a receita passaria a ter um novo modelo, com um espaço para a justificação técnica do médico.
CDS insiste na venda de medicamentos em unidose
- tvi24
- MM
- 12 out 2010, 14:29
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