Actualizada às 23h
A juíza Anabela Tenreiro, do Tribunal de Instrução Criminal do Porto, decidiu que quatro arquigos no âmbito da operação «Noite Branca» vão ficar em prisão preventiva, a medida de coacção mais grave. São eles: Bruno Pinto («Pidá»), Mauro Santos, Fernando Silva «Beckham» e Ângelo Miguel. Desta forma, a juíza foi de encontro ao solicitado pelo Ministério Público, que tinha pedido prisão preventiva para quatro arguidos.
O tribunal decidiu ainda libertar o arguido Sandro Onofre, tendo-lhe sido aplicada a medida de coacção mais leve, Termo de Identidade e Residência, por posse de arma ilegal, esclareceu a sua advogada, Fátima Castro.
À saída do TIC, e já dentro a carrinha celular, os quatro detidos começaram por chamar «palhaços» à PJ e depois apelaram aos jornalistas: «Para que é que os jornais servem? Ajudem-nos, ajudem-nos!» E continuaram: «A PJ sabe quem são os criminosos e não faz nada». Foram gritos impressionantes de revolta, vindos de homens que até então se tinham remetido ao silêncio. «Pidá» era um dos mais abalados e não conteve a revolta.
Familiares e amigos entraram em histeria total, numa zona isolada pela polícia, a alguns metros de distância. A mãe de «Pidá» caiu e muitos populares bateram e atiraram objectos aos carros da polícia. Os gritos que se ouviam insistiam no facto de terem sido «os outros que mataram, os pretos».
A advogada Fátima Castro esclareceu que os quatro homens que ficaram em prisão preventiva declararam-se inocentes. e sobre o facto de as acusações de terrorismo terem «caído», a causídica sublinhou que desde o início considerou a «acusação exagerada».
Os quatro arguidos foram para as instalações da PJ e ficarão detidos no Estabelecimento Prisional de Custóias.
![«Noite Branca»: Pidá fica preso - TVI «Noite Branca»: Pidá fica preso - TVI](https://img.iol.pt/image/id/8379363/400.jpg)
«Noite Branca»: Pidá fica preso
- Filipe Caetano
- 19 dez 2007, 18:36
![Bruno Pidá foi detido no âmbito da operação «Noite Branca» (João Abreu Miranda/Lusa)](https://img.iol.pt/image/id/8379363/1024.jpg)
Assim como mais três suspeitos. Outro dos arguidos sai em liberdade. À saída do tribunal dirigiram-se aos jornalistas: «Ajudem-nos, ajudem-nos!». E continuaram: «A PJ sabe quem são os criminosos e não faz nada». «Foram os outros que mataram», gritavam os familiares. Não há indiciados por terrorismo
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