Nova lei penal aumenta criminalidade - TVI

Nova lei penal aumenta criminalidade

  • Portugal Diário
  • 9 abr 2008, 17:44
[arquivo] Automóvel furtado

PSP de Coimbra revela que foram registados mais crimes no primeiro trimestre

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A PSP de Coimbra anunciou esta quarta-feira uma diminuição de 9,5 por cento da criminalidade verificada na área do comando distrital em 2007, mas reconheceu que, no primeiro trimestre deste ano, ocorreu «um recrudescimento» da delinquência provocada pelo novo Código de Processo Penal, noticia a Lusa.

«É uma descida muito significativa», considerou o intendente Bastos Leitão em conferência de imprensa, admitindo, porém, que, no primeiro trimestre deste ano, se registou «um recrudescimento da criminalidade». Embora sem ter dados definitivos sobre este aumento recente, o comandante da PSP de Coimbra afirmou que «as recentes alterações no Código de Processo Penal complicaram a vida às polícias em termos de repressão da pequena criminalidade».

«Estas novas normas processuais complicaram a vida às polícias na repressão da pequena criminalidade», afirmou, adiantando que os cidadãos devem adoptar «outro tipo de cuidados com a sua auto-protecção». «A lei admitia prisão preventiva em situações que agora já não admite», observou, atribuindo ainda este recrudescimento, verificado sobretudo nos pequenos delitos em casa ou no automóvel, a indivíduos que se encontravam em prisão preventiva, que terminaram no ano passado, e que agora «estão novamente activos».

Menos roubos, mas mais crimes nas escolas

Segundo o perfil traçado por Bastos Leitão, o pequeno criminoso em Coimbra e na Figueira da Foz é «predador, aquisitivo, geralmente toxicodependente e sem residência conhecida nem família estruturada, dedica-se aos pequenos furtos para alimentar o vício». «É um crime de oportunidade, muito motivado por algum descuido dos cidadãos», disse.

No balanço dos dados relativos à criminalidade denunciada em 2007, Bastos Leitão revelou que, em 2007, comparativamente ao ano anterior, a delinquência desceu 11 por cento, em Coimbra e 3 por cento, na Figueira da Foz, cidade também abrangida por este comando distrital. Bastos Leitão destacou ainda uma diminuição de 41 por cento dos furtos em habitações e um aumento de 20 por cento nos furtos em estabelecimentos.

Os roubos na via pública, com recurso a navalhas ou seringas, diminuíram 16 por cento e as ocorrências nas escolas aumentaram 28 por cento, subida que o comandante atribuiu a «uma maior sensibilização da comunidade educativa e a uma maior proximidade dos agentes».

Enquanto os furtos de viaturas, muitas vezes usadas noutros delitos, aumentaram 37 por cento, os furtos do interior de veículos foram reduzidos em 23 por cento.

CLC
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