Acordo Ortográfico em vigor «este ano seguramente» - TVI

Acordo Ortográfico em vigor «este ano seguramente»

O acordo ortográfico vai trazer algumas alterações à escrita do português

Portugal «está atrasado na sua aplicação

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O ministro da Cultura, José António Pinto Ribeiro, disse este domingo que o Acordo Ortográfico entrará em vigor «seguramente este ano», avança a Lusa.

O governante falava em Belmonte na inauguração do centro interpretativo e museu «À Descoberta do Novo Mundo», centrado no Brasil e na viagem de descobrimento de Pedro Álvares Cabral, navegador natural daquela vila.

Perante uma comitiva brasileira, José António Pinto Ribeiro considerou que «a língua foi o que de mais extraordinário deixaram os navegadores». A língua, afirmou, «é mais forte que o sangue».

Questionado pela Agência Lusa sobre quando entrará em vigor o Acordo Ortográfico, o ministro referiu que será «seguramente este ano», sem contudo apontar uma data concreto.

«Estamos a identificar todas as tarefas, dado que, uma vez em vigor, haverá um prazo de aplicação e adaptação de vários anos para que tudo aquilo seja assimilado por todos nós», explicou José António Pinto Ribeiro.

«Estamos a fazer um programa para tudo o que há a fazer até lá, ao nível do ensino, dos meios de comunicação social, dos livros, para que tudo seja feito sem rupturas, com grande tranquilidade e com grande liberdade e integração de toda a gente», referiu.

O linguista e académico João Malaca Casteleiro, que participou na elaboração do Acordo, considerou na última quinta-feira que Portugal «está atrasado na sua aplicação» e que a «bola está do lado do Governo».

«O Brasil com 200 milhões de falantes» - argumentou - «já decidiu e Portugal, que é o berço da língua, não decide. Esta situação a nível internacional é muito mal recebida. Quando Portugal se decidir, os outros países também entrarão nesta onda de adoptar a nova ortografia», referiu.

Em Portugal, o segundo protocolo do Acordo Ortográfico, cuja ratificação era essencial para a sua entrada em vigor, foi aprovado no Parlamento em Maio e promulgado pelo Presidente da República em Julho.

Para vigorar, o acordo tem de estar ratificado por um mínimo de três dos oito países, o que foi alcançado em 2006 com São Tomé e Príncipe, Cabo Verde e Brasil, seguidos de Portugal.
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