A distribuição de postais e colocação de mupis assinalam dia 18 as comemorações do Dia Mundial em Memória das Vítimas da Estrada, disse hoje à agência Lusa Manuel João Ramos, da Associação de Cidadãos Auto-Mobilizados (ACA-M).
«Quem mata também não esquece» é a legenda dos mupis e dos postais que vão ser distribuídos e afixados nos concelhos de Lisboa, Montijo, Évora e Vila Real, embora as comeorações oficiais do Dia da Memória decorram no Montijo, acrescentou.
«Chamar a atenção para a sinistralidade rodoviária, que mais do que um autêntico cancro é uma tragédia, e cujos números não têm vindo a diminuir ao contrário do que as entidades oficiais querem fazer crer» é, segundo Manuel João Ramos, o objectivo das comemorações.
«Até ao acidente da A-23 este Governo não fez rigorosamente nada para inverter os números da sinistralidade rodoviária», disse Manuel João Ramos, sublinhando que «à última da hora, o Ministério da Administração Interna (MAI) deu ordens a todos os governos civis para assinalarem a efeméride».
Esta norma do MAI é, contudo, do desconhecimento da Estrada Viva - Liga contra o trauma, que congrega um conjunto de organizações que promovem a segurança rodoviária, sublinhou o elemento da ACA-M.
Manuel João Ramos criticou ainda o Ministério da Administração Interna por continuar a ter na sua dependência a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, alegando que esta devia depender do Conselho de Ministros. Porque - frisou - envolve vários ministérios como o dos Transportes e Comunicações, Educação, Saúde, Administração Interna, Trabalho e Solidariedade Social e o da Justiça.
«Enquanto os governos não entenderem a sinistralidade como um fenómeno transversal a vários sectores da sociedade nunca atacarão o problema de frente», acrescentou.
«Quem mata também não esquece»
- Portugal Diário
- 11 nov 2007, 21:04
É o tema do «Dia da Memória» das vítimas da Estrada
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