Bragança regista aumento de transporte de emergência - TVI

Bragança regista aumento de transporte de emergência

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Bombeiros dizem que caso se deve a cortes nos transportes de doentes

As corporações de bombeiros do Distrito de Bragança têm registado um aumento do transporte de emergência, que o presidente da federação atribuiu hoje aos cortes nos transportes de doentes não urgentes.

De acordo com a Lusa, Diamantino Lopes acredita que uma das razões que leva a população a recorrer mais à emergência médica é o agravamento do estado de saúde por falta de condições financeiras para pagar o transporte que o Estado deixou de comparticipar para tratamentos e consultas.

O dirigente não descarta também a possibilidade de as pessoas estarem «a recorrer a uma estratégia de obterem transporte (para cuidados de saúde) pago pela via da urgência» por não o conseguirem pela via das consultas e tratamentos programados.

O presidente da federação de bombeiros ainda não consegue quantificar o aumento das saídas de emergência, mas garantiu não ter dúvidas de que aumentou esta receita das corporações de bombeiros que fazem o transporte de emergência ao serviço do INEM (Instituto Nacional de Emergência Médica).

O dirigente, que é também presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Alfândega da Fé, fez hoje o ponto da situação a dirigentes do PS na semana em defesa da saúde com o lema «avaliar o presente, perspetivar o futuro».

O problema do transporte de doentes não urgentes foi o principal apontado no concelho de Alfândega da Fé e em todo o Nordeste Transmontano com os números das corporações de bombeiros a atestarem a redução brusca num distrito com a população envelhecida e distante dos hospitais de referência.

De acordo com Diamantino Lopes, o transporte de doentes não urgentes feito em ambulâncias dos bombeiros teve «um decréscimo superior a 50 por cento no Distrito de Bragança».

«As corporações estão a ser estranguladas, mas também as populações, que estão a ser mal servidas, não estão a ir às consultas, aos tratamentos», declarou.

Apesar de ter afirmado que houve uma «deslocação» da receita do transporte de doentes não urgentes para as emergências esclareceu que a mesma não compensa as perdas já que envolve cálculos e valores diferentes.
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