Aeronáutica: mega-investimento em Évora - TVI

Aeronáutica: mega-investimento em Évora

Aeronáutica: acordo com Embraer

Instalação de duas unidades da empresa brasileira Embraer vai custar 148 milhões de euros. Ministro da Economia fala em centenas de postos de trabalho criados

O projecto de aeronáutica que vai criar duas unidades da empresa brasileira Embraer em Évora constitui o maior investimento dos últimos dez anos em Portugal. Em declarações à TSF, o ministro da Economia adiantou que este projecto vai criar «mais de 500» postos de trabalho directos, para além de muitos outros decorrentes da criação de outras empresas ligadas à actividade desta empresa.

«É um marco na indústria e representa a confiança que a empresa tem na economia portuguesa», afirmou José Sócrates durante a cerimónia de assinatura do acordo entre a Embraer e o Governo, no Centro Cultural de Belém.

O primeiro-ministro sublinhou ainda que este acordo representa «um salto tecnológico», sendo que esta «nova aventura entre Portugal e o Brasil» é «uma aliança para competir num mercado internacional extremamente exigente».

O acordo resulta de dois anos de «difíceis negociações» entre o Governo português e uma das maiores empresas mundiais de fabrico de aeronaves.

Outras empresas brasileiras poderão entrar em Portugal

Lula da Silva frisou que «isto só mostra que o Brasil está a ter a mesma confiança agora em Portugal que Portugal teve antes no Brasil», acrescentando que esta é uma «excelente porta de entrada no mercado europeu» para as empresas brasileiras.

O presidente brasileiro destacou que este projecto é um «investimento com potencial global amplo para os dois países» e admitiu a possibilidade de novas empresas brasileiras seguirem o mesmo caminho.

Frederico Curado, presidente da Embraer, destacou o investimento inicial de 148 milhões de euros em duas unidades (uma para fabrico de estruturas metálicas e outra para componentes como resinas) e afirmou que a escolha de Évora se deveu, entre outros critérios, ao potencial da região no acesso à mão-de-obra qualificada e facilidade de acesso à infra-estrutura logística.

Contrapartidas da Câmara

O presidente da Câmara Municipal de Évora, José Ernesto Oliveira, destacou a importância «para toda a região», mas relatou algumas contrapartidas para a autarquia: «terrenos a custos reduzidos, redução nas taxas e impostos municipais e facilidade nas infra-estruturas».

As duas unidades fabris de componentes para aviões vão ser construídas na área do aeródromo da cidade e o contrato com a autarquia será assinado segunda-feira. Começarão a funcionar no final de 2009 e beneficiarão de verbas do QREN.
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